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domingo, 8 de junho de 2014

A primeira valsa...

 
8 de Junho...será sempre e apenas uma data. Quantas vezes, em quantas vidas já se teriam cruzado? Nada começava ali e disso, ambos tinham a certeza.
8 de Junho foi apenas o dia dos corpos, o dia em que dançaram a sua primeira valsa...
Aquele não era um amor de corpo, era um amor de alma, de uma alma que era gémea e não era dali, desse sitio e desse tempo onde agora se encontravam.
Naquele dia, juntaram os corpos quando há muito já tinham juntado as almas.
Naquele dia, percorreram a pele um do outro, centímetro a centímetro...
Naquele dia, agarraram-se um ao outro até que o seu cheiro se tornou um só...
Naquele dia, lamberam cada gota de suor como se fossem a única fonte do deserto...
Naquele dia, comeram-se em beijos como se aquela fosse a sua última refeição...
Naquele dia, gravaram em si, de olhos fechados, os gemidos de prazer, os sussuros, a respiração, cada pormenor do outro...
Naquele dia, olharam-se nos olhos enquanto os seus corpos dançavam uma valsa...
Naquele dia, ele penetrou-lhe o corpo até à alma e aí ficaram, parados, agarrados a descansar desse orgasmo de vida...
Porque aquele nunca foi um amor de corpo foi sempre um amor da alma!
E um dia, muitos dias depois, da voz dela ouviu-se a pergunta: danças comigo a última valsa?

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