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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Feliz 2015!


 
Gosto dos anos que passam…são sinal de vida, de histórias, de experiências, de momentos, de ciclos…

Gosto dos anos que chegam…são sinal de sonhos, de renovação, de esperança, de mais vida, de mais histórias, de mais momentos, de mais um ciclo aberto…

Que 2015 seja um ano de muitos e bons momentos, de sonhos concretizados, de objectivos alcançados, de histórias sumarentas e cheias de conteúdo, de pequenas coisas que encham o coração de alegria, de mensagens que fiquem gravadas em nós, de vida… mais um ciclo desta vida que por muito que nos tire, por muito que nos troque as voltas, por muito que nos surpreenda, não deixa de ser fantástica porque é a nossa, aquela que vai deixar a nossa(s) história(s) para além do tempo que passa.

Nada mais poderia desejar para 2015 do que aquilo que desejei em 2014 e que vou desejar nos anos que se renovam: força para ultrapassar obstáculos, verdade para percorrer os meus caminhos, amigos para me encherem o coração e me acompanharem nas estradas da vida, saúde para continuar a escalar as minhas ‘montanhas’, alegria para contagiar os que estão á minha volta, sorrisos para colorir os dias cinzentos e iluminar ainda mais os dias de sol e amor, porque sem ele  esta história que cá vim ‘escrever’ não faria qualquer sentido: amor por mim, amor pelos meus, amor pela vida!

Desejo-vos um 2015 fantástico!

Sejam felizes e aproveitem cada minuto !

sábado, 27 de dezembro de 2014

Menino conhece menina...


 
Menino conhece menina…
No meio de tantos meninos e tantas meninas, um dia cruzam-se, um dia falam, um dia olham-se, um dia entram na vida um do outro.
E os dias passam e o menino descobre mais e mais sobre a menina, e os dias passam e a menina encanta-se cada vez mais com o menino. Os minutos, horas, dias são poucos para o que aquele menino e aquela menina querem viver. Um dia decidem que o tempo de um só faz sentido se dividido com o tempo do outro, um dia entendem que o que sentem merece ser multiplicado nos dias, nos meses, nos anos…
E os dias passam a ser mais felizes, e os meses são feitos de partilhas, e os anos que passam fazem crescer o menino, a menina e o amor!
E se ela cai é a mão dele que a levanta, e se ele tem medo é o abraço dela que o faz sentir paz…
E a estrada por onde 'viajam' já não parece difícil de percorrer e os desafios  que encontram já não são impossíveis de ultrapassar.
E os dias que passam não são todos cor de rosa mas, prometeram um ao outro que, apesar dos dias cinzentos ,juntos pintariam a vida com rasgos de cor, juntos fariam da sua uma história de encantar.
E os dias que passam são dias felizes porque um dia o menino conheceu a menina e decidiram entrelaçar as mãos e caminhar juntos pelos dias, pelos meses e pelos anos…
Menino conhece menina e amam-se!
Um dia todas as histórias serão assim: simples, como só o verdadeiro amor sabe ser!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Mudanças...

 
Pensas em como a vida é curiosa, em como o tempo mexe com ela, em como as coisas mudam.
Tu, a de hoje, não és a mesma de ontem e não serás a mesma de amanhã. Não é o que está á tua volta que muda (também mas não só!), é o que está dentro de ti. Passas parte da vida a procurar fora o que sempre esteve do lado de dentro. Tu és o segredo para a tua felicidade. Não são os outros, não dependes deles, eles são apenas um complemento. Importantes? Sim, até muito importantes mas não são eles a resposta aos teus medos, aos teus anseios, ás tuas dúvidas, ás tuas encruzilhadas, ás tuas descobertas... Percebes, com o tempo, que não é neles que procuras o amor, não é neles que buscas a paz, não são eles que te fazem acreditar e sorrir...és tu com eles!
Passas a vida a sonhar com palavras mágicas, com o príncipe encantado, até que as palavras não saem da boca de um príncipe saem de dentro de ti: 'Ei tu! És a mulher da tua vida!'
A partir desse dia dás outra dimensão ao amor, dás outro significado ao que te faz feliz! A partir desse dia estás finalmente preparada para amar, estás finalmente consciente de que não é o mundo á tua volta que muda, é o que está dentro de ti!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Era uma vez...


Com mais um ano a acabar é tempo de retrospetivas. Comentávamos entre amigos que este ano passou a correr! É verdade... ainda ontem tudo era tão diferente, tantas coisas pareciam distantes!
Escrevo, essencialmente, para marcar com palavras os momentos, as sensações, as vivências, as questões da minha vida. Escrevo porque é bom olhar para trás e ter provas de que a vida é uma constante montanha russa que, com os seus altos e baixos, nos provoca sensações únicas no tempo!
Hoje vou partilhar aqui um texto que tem quase um ano e que, na altura, apenas partilhei com aqueles que acompanhavam um período de crescimento, de mudança, de descobertas, muito importante para mim.
Hoje, ao reler este texto é tão bom sentir que consegui muito daquilo que procurava, alcancei grande parte daquilo a que me propus, perdoei, perdoei-me, aprendi, reencontrei alguém que há muito procurava...eu mesma!
Partilho convosco uma história que podia ser de muitos de nós, porque muitos de nós apenas buscam reencontrar dentro de si, alguém que perderam pelo caminho! Partilho agora convosco uma história de um ser humano (e não um super herói) que não desiste de procurar o melhor caminho para que no fim possa dizer: eu fui feliz!
Vou contar-vos agora que...era uma vez:
Era uma vez uma menina que foi abandonada …
Em vez de se sentir diferente ou infeliz, a menina sempre se sentiu grata: grata pelos pais que a vida lhe deu, grata pelo amor que lhe dedicavam, grata por não ter tido o destino da sua irmã…
Á medida que crescia, o sentido de gratidão por tudo o que tinha á sua volta aumentava! Grata pelo pai amoroso que tinha e que era o melhor ser humano que conhecia, grata até pela mãe autoritária, exigente, dura, mas que a amava profundamente! A determinada altura a gratidão que tinha pela vida, pelo que tinha recebido e continuava a receber, tornou-se maior do que ela. Sempre a viram como uma menina forte, destemida, esperta, capaz de conseguir tudo a que se propunha!
A mãe exigia-lhe que não falhasse, o pai idolatrava-a por não falhar, por ser capaz de tudo! Á sua menina nada metia medo!
Sempre foi de pessoas, de amor, embora não fizesse questão de colecionar amigos…escolhia-os criteriosamente! Também não era de trato fácil e, por isso, ou a amavam ou a odiavam! Uma coisa era certa: todos os que tinha reunido á sua volta a julgavam uma super mulher, alguém de uma fibra sem igual, de uma capacidade brutal de lutar e lutar contra qualquer obstáculo que lhe aparecesse á frente! Ela própria nunca via outra opção senão essa: ser forte, provar a tudo e todos que não desabava por nada deste mundo.
Um dia passou pela dor maior: uma vez e outra vez…embora se sentisse desabar por dentro, vestiu de novo a sua capa e provou que nem a dor maior a fazia cair! Para a ajudar surge o Amor…e o Amor resgatou-a daquela dor maior, foi a sua bóia de salvação! E agarrou-se a esse Amor como se mais uma vez a vida lhe estivesse a dar uma bênção única, uma bênção que ela tinha de fazer por merecer mais do que tudo porque, afinal, ninguém pode ser assim tão abençoada pois não?
Ela não podia falhar com o Amor, tinha de ser a mulher perfeita, um misto de protetora, de mãe, de amiga…tudo menos ela na sua essência pois tinha vergonha de ser como era! A sua essência podia fazer com que o Amor a abandonasse, com que o Amor desistisse dela, com que ela não merecesse o Amor…porque afinal quem era ela para merecer tanto? Aos poucos perdeu-se de si, esvaziou-se de si, deixou de saber quem era…mas isso não era importante porque aos olhos dos outros continuava a ser a mesma super mulher, a mesma menina capaz de tudo, que o pai idolatrara e a mãe idealizara! Não queria desapontar ninguém á sua volta, não o podia fazer, tinha essa divida com a Vida!
Mesmo quando o Amor enfraqueceu, quando o Amor lhe começou a fugir pelas mãos, teve a arrogância de se achar forte, de achar que conseguia segurá-lo…e por medo de o perder, perdeu-o! E depois de o perder já nada mais havia…já não tinha de provar nada a ninguém! Mas estava vazia de si, tinha-se perdido de uma forma tal que teve de se encher novamente: e encheu-se dos outros, de todos os que tinha á sua volta, daqueles que eram agora a sua família, o seu porto de abrigo, a sua outra bóia de salvação… e voltou a sentir-se grata por ter tanta gente boa á sua volta, voltou a sentir que recebia tanto, quando tudo o que dava não era mais do que a sua obrigação. E, mais uma vez, vestiu a capa de super mulher, de super amiga…e despiu a pele de humana! Despiu a pele de quem tem medos, de quem tem fraquezas, de quem tem necessidades, de quem chora e sofre porque a vida não lhe dá tréguas, porque tem constantemente de provar a si que é digna dos outros!
E veio outra vez o Amor, desta vez mascarado, desta vez temporário, só para lhe mostrar que ela era feliz se voltasse á sua essência, se se enchesse de si e se esvaziasse dos outros…e foi embora, deixando-a nua, com aquela que era agora a dor maior…maior do que a morte dos outros porque era a sua própria morte!
Ficou nua ao ponto de sentir que tinha morrido há tanto tempo! As lágrimas que chorara, a dor que sentira era por si, era por alguém que tinha enterrado e não conseguia ressuscitar! E sentiu, pela primeira vez, a dor de estar morta quando tudo o que queria era Viver!
Chorou a sua morte, fez luto por si mesma e agora está de volta em busca da menina que não queria ser super mulher, apenas queria ser uma menina como todas as outras, que brincavam com bonecas, sonhavam com príncipes, queriam casar de vestido branco e ser felizes para sempre!
Essa menina está cá, tem medos, tem fraquezas, tem um lado bom e um lado mau, é vulnerável, não é perfeita nem quer ser…essa menina é apenas a mulher que eu quero ser!
A mulher que quero ser ainda tem de desculpar a mulher que fui, ainda tem de se perdoar, de pedir perdão a outros mas, acredito que quando eu e ela nos encontrarmos vamos ser felizes para sempre!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Aprendi a dizer adeus...



Acredito que, cada um de nós, quando nasce, traz consigo uma missão. Uns chamam-lhe karma, outros destino, eu chamo-lhe desafio. O meu desafio são, sem dúvida, os afectos! Quero carregar comigo todos os afectos, todas as pessoas. Mas ninguém aguenta tamanho peso! Um dia cedes, um dia percebes que tens de deixar afectos pelo caminho ou não vais conseguir caminhar, um dia percebes que tens de dizer adeus...
Esse foi, até hoje o maior desafio da minha vida: dizer adeus!
Aprendi, com o tempo e com a experiência, que dizer adeus não tem de causar dor, não tem de ser dramático. Dizer adeus significa encerrar capítulos para começar outros, mudar de estrada para conhecer caminhos novos, ir esvaziando a mochila do que já vivemos para a ir enchendo com o que ainda queremos viver, deixar memórias e pessoas guardadas no fundo de nós mesmos.
Nunca digo adeus de ânimo leve, não consigo. Esgoto-me no que dou, no que recebo, no que vivo, até decidir que chegou o momento...o de ir! Assim, quando vou, vou leve, deixo o melhor de mim em cada pessoa que amei, em cada momento que vivi e, guardo comigo apenas o que importa guardar, apenas o que não pesa para continuar a minha viagem!
Hoje sei dizer adeus, hoje sei que, por muito que a vida me desafie, por muito que me doa (porque não consigo evitar) não percorro o mesmo caminho duas vezes, não fico onde já fui mas já não sou feliz, não carrego comigo o que me impede de caminhar! Hoje sei que vou vencer o meu desafio, vou cumprir a minha missão!

Ir e ficar

 
 
Gosto de ir...Há mundo lá fora para desbravar, para conhecer, para descobrir, para viver! Tenho em mim uma parte que precisa de partir à descoberta desse mundo. Mas depois...depois há uma coisa chamada saudade, depois há uma coisa chamada casa...mesmo que chegar casa seja chegar a um espaço vazio, a ninguém, esse é o meu mundo, o mundo onde me sinto segura, a bolha que preciso para respirar, as paredes onde me abrigo, o porto a que me seguro! Ah, e há o cão e os olhos que me recebem como se eu fosse o centro do mundo, como se a felicidade se resumisse à minha chegada...afinal tenho alguém para me receber! E chegar é sempre este misto de alegria e de tristeza, de apego e desapego! Chegar é sempre esta sensação de que por muito que queira ir a minha essência é ficar!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Hoje

Hoje não vou dizer o que sinto.
Hoje não vou falar na primeira pessoa.
Hoje não vou deixar que as palavras ganhem asas e voem.
Hoje não vou imaginar.
Hoje não vou apenas sonhar.
Hoje não vou falar de amor.
Hoje não vou falar das surpresas da vida.
Hoje não vou dizer o que aprendi.
Hoje não vou falar em mim, em ti, em nós.
Hoje não vou marcar nada no calendário da vida.
Hoje vou deixar uma página em branco.
Hoje não vou escrever... Porque há coisas que não precisamos de escrever, já estão escritas!


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Nada a perder

 
O que tens a perder?
Quantas vezes ouvimos esta pergunta? Quantas vezes nos fazem pensar nela em momentos que temos de decidir algo?
A verdade é que, de cada vez que investimos e o caminho não era aquele, o resultado saiu diferente do que esperávamos, perdemos! Perdemos sempre uma parte de nós em cada missão falhada, perdemos sempre uma parte de nós em cada estrada sem saída. Então e o que ganhamos? Ninguém pergunta o que ganhamos?
Há na perda sempre uma lição, há nas falhas sempre uma aprendizagem, há nos caminhos que nos levam a lado nenhum, sempre algo para observar.
Olha para cada uma das tuas perdas e retira dela o mais que puderes. Chora, revolta-te, reclama, sente pena de ti até, é normal... mas depois, quando o teu coração acalmar, vais descobrir que afinal ganhaste algo, porque assim é a vida, tira-te com uma mão para te dar com outra.  E se não te arriscares a perder, nunca saberás o que podes ganhar!
Aprende através dos erros, valoriza o que tens, agradece o que a vida te ensina.  
A partir de hoje, sempre que ouvires a pergunta: o que tens a perder? Nada... nada a perder que não possa ganhar!

domingo, 9 de novembro de 2014

Da cozinha...com amor!


 
Amar é como cozinhar. Não sigas a receita dos outros, faz a tua. Escolhe os teus ingredientes um a um, põe uma pitada de ti mesmo e testa a tua receita. Prepara-a com dedicação, cozinha-a em lume brando, põe nela todo teu carinho, toda a tua paixão. Dá-lhe o teu toque secreto. Prova-a. Afina os sabores, corrige os temperos. Leva o tempo que for preciso… a boa comida tem de ser apurada!
Quando estiver no ponto saboreia-a, partilha-a. Há coisa melhor do que partilhar uma boa refeição?
Amar é como cozinhar. Não transformes o amor em’ fast love’. Em tempo de flirts fúteis, de amores descartáveis, acredita que nada sabe melhor do que um amor bem cozinhado, com sabor a receita caseira!

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Quem de nós?

O problema não és tu, sou eu.
Esta deixou de ser uma mera frase para se tornar uma praga que mina tudo á sua volta, que serve de resposta a todas as cobardias, a todas as fraquezas, a todos os medos.
Não és tu, sou eu. Claro que és tu! És tu que não arriscas, és tu que te escondes nas tuas incertezas, nas tuas inseguranças, no teu mundo onde imperam os medos. És tu sim, tu que preferes acreditar que o teu destino foi traçado por outros, que acreditas que a tua vida se resume a essa zona de conforto que te é tão desconfortavél mas da qual não ousas sair. És tu que não queres admitir a ti próprio, que a vida é feita de escolhas, é feita de riscos, é feita de incertezas e caminhos desconhecidos. A vida vai mostrar-te que precisas de cair para aprenderes a levantar-te, que precisas de sentir dor para apreciar os momentos felizes, que precisas de perder para valorizar o que ganhas, que precisas de chorar para te sentires ainda mais vivo quando sorris!
És tu, não eu! Eu escolhi o caminho mais difícil, o mais inclinado, o mais improvável, o mais desconfortável até. Quem de nós dois está certo, quem de nós dois é o mais forte, quem de nós dois é mais feliz? Não sei...mas no fim,quando eu olhar para trás vou sentir orgulho em mim porque decidi não passar pela vida sem fazer aquilo que é suposto:viver!
E tu?

domingo, 2 de novembro de 2014

Será?

 
Será que te vais lembrar de mim?
Quando encontrares uma foto em que estou a sorrir, vais lembrar-te que sorria assim para ti?
Quando passares os dedos pelo cabelo, como fazes sempre, vais lembrar-te do toque dos meus dedos?
Quando vires crianças a brincar no parque, vais lembrar-te que brincávamos como duas crianças?
Quando ouvires uma gargalhada vais lembrar-te que gostavas das minhas gargalhadas sonoras ?
Quando estiver Lua cheia, vais lembrar-te do tempo em que me oferecias  a Lua?
Quando beijares outros lábios vais lembrar-te do sabor do meu beijo?
Quando te perderes em outros olhares vais lembrar-te do que diziam os meus olhos?
Quando a vida te deixar com amargos de boca, vais lembrar-te que eu trazia doçura aos teus dias?
Quando eu disser a outro 'até que a morte nos separe ' vais lembrar-te que mataste  em vida o meu amor por ti?
Será? Será, que um dia, ainda te vais lembrar de mim quando eu já te tiver esquecido?

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sou uma longa história...




Sou uma longa história...
Uma história que só alguns irão ler, de capítulos tristes mas de muitos capítulos alegres
Sou uma longa história…
Uma história torta escrita por linhas certas, de caminhos cruzados que se perdem pelo caminho.
Sou uma longa história…
Uma história cheia de personagens, de príncipes desencantados e uma princesa cansada de esperar.
Sou uma longa história…
Uma história de carne e osso e de sentimentos verdadeiros.
Sou uma longa história…
Uma história feita de sorrisos e contada por lágrimas.
Sou uma longa história…
Uma história escrita por quem gosta de contar histórias.
Sou uma longa e inacabada história que se vai contando aos poucos, que se vai escrevendo um pouco mais todos os dias...
Sou uma longa história que se recusa a não ser uma história com final feliz!
 
 
 

 


domingo, 26 de outubro de 2014

How to move on?


 
Ir ou ficar? Persistir no mesmo ou seguir em frente? Manter o mesmo caminho ou arriscar caminhos novos? Repousar na zona de conforto ou voar até ao desconhecido?Quantas vezes, ao longo da tua vida, fizeste estas perguntas, quantas vezes essa mesma vida te exige uma resposta? Como seguir?
Não há resposta certa, não há um oraculo que te diga o que fazer mas há algo que deves ouvir: a tua verdade! O que é a tua verdade? Como sabes qual é a verdade quando cabeça e coração se degladiam numa batalha sangrenta, quando razão e emoção te falam em línguas diferentes? Fecha os olhos e faz a pergunta…faz a pergunta com o coração, faz a pergunta com a alma, faz a pergunta esvaziando-te de medos, esvaziando-te de razões. Faz a pergunta e não esperes a resposta…
Um dia, como qualquer outro dia, vais acordar e a resposta está lá, plantada dentro de ti, semeada pela tua verdade… e ela pode ser tua velha conhecida ou uma nova amiga. Em qualquer dos casos é a tua, é a resposta que encontraste de forma mais verdadeira: dentro de ti!
E nesse dia, não sei se vais ficar, se vais seguir em frente mas vais, com toda a certeza, estar leve…muito mais leve!
Por vezes seguir em frente não significa que saias do mesmo sitio, apenas que descubras uma forma nova de percorrer velhos caminhos.
Outras vezes, seguir em frente significa coragem para desafiar o desconhecido, força para começar de novo.
Seja qual for a tua verdade, enche-te de ti, ouve-te, ama-te, conhece-te, valoriza-te, desafia-te…tu és a resposta para qualquer uma das tuas perguntas! E qualquer resposta é válida desde que te faça feliz!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A 'praia' onde fui feliz

Voltamos sempre á 'praia' onde fomos felizes...
O mar pode ter outra cor,as ondas já não são as mesmas, a areia já foi remexida milhares de vezes mas o cheiro, ah o cheiro...esse leva-te sempre lá, ao sítio onde foste feliz, onde estão algumas ds melhores recordações que guardas no livro da tua vida! A 'praia' onde foste feliz vai estar sempre lá para te trazer de volta momentos, os melhores momentos, para te fazer respirar de novo nos dias em que a respiração te sai a custo, para te fazer sorrir quando o sal das lágrimas for o único tempero... A 'praia' onde foste feliz vai guardar nela tudo aquilo que não conseguires carregar nas tuas 'viagens' e um dia, quando o cansaço tomar conta de ti, quando os dias do teu calendário chegarem ao fim, quando os teus olhos se fecharem num sono profundo, vais lá voltar uma última vez...á 'praia' onde serás eternamente feliz!

domingo, 19 de outubro de 2014

A caixa...



 
A sala é grande, colorida, cheia de luz! Só podia ser assim…aprendeste que o cinzento da vida se contraria, que em todos os momentos podes pegar na famosa caixa de lápis de cor e voilá: tudo o que era triste volta a ter alegria!
Pela sala espalhaste várias caixas: grandes, pequenas, brancas, negras, com laços, com papel de embrulho colorido…está ali tudo naquelas caixas! No centro, em destaque, a mais bonita delas todas: grande, dourada como o Sol e brilhante como a Lua Cheia! Tinha de ser a maior delas todas afinal, ali dentro daquela caixa, estava muito, estava tanto…
No dia em que a encheste esvaziaste uma parte de ti…
Fechaste a caixa, a mais bonita e maior caixa daquela sala e deitaste fora uma das chaves…tinha de ser assim!
Vais várias vezes aquela sala, abres a porta, olhas á volta, deixas que a cor e a luz que há lá dentro te invadam…e olhas sempre para a caixa dourada! Chegas a sentar-te ao lado dela, a pegar-lhe, a sentir nas tuas mãos o peso que ela contém. Fechas os olhos e consegues ver o seu interior, consegues voltar a cada uma das coisas que lá guardaste. Não, não precisas de abrir a caixa para saber que o que lá está tem de lá ficar…para sempre!
Um dia, como qualquer outro dia, ao entrar em casa tens algo á tua espera: uma chave acompanhada de um código. Não precisas de ler o código, sabe-lo de cor, sempre soubeste! Aquela chave e aquele código abrem a caixa dourada…a mais bonita e maior daquela sala! Sim, deitaste fora uma chave mas existe outra…e está ali, nas tuas mãos!
O que fazes? Vais abrir? Vais, finalmente, ceder e deixar de fechar os olhos para ver novamente o interior da caixa? Vais voltar a cada pequena coisa que lá guardaste? Vais sentir nas mãos cada pedaço do que lá está fechado há tanto tempo? O que vais fazer? Já sabes?
A angústia que sentes dá-te a resposta, lembra-te porque um dia reuniste pedaços de ti e encheste com eles a caixa. Não. Não vais voltar a abri-la, não vais tirá-la do sitio.É lá, em destaque, no meio da sala que a caixa vai sempre brilhar: dourada como o Sol e brilhante como a Lua Cheia.
Deitas fora a chave, rasgas o papel com o código e fechas a porta da sala.
É uma sala grande, colorida, cheia de luz!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Até já...

 
Um dia, como qualquer outro dia, vais ao médico…uma consulta de rotina, banal, onde nunca se passa nada de novo. Nesse dia, o médico diz-te: ‘lamento, tem uma doença terminal!’
Nesse dia, a tua 1ª reacção é de medo…tudo o que nos é desconhecido causa medo! Depois…bem, depois, logo que a adrenalina baixa, ficas estranhamente calma…
O médico, de olhos postos em ti, espera que faças perguntas, as habituais perguntas de quem está em choque, de quem tem medo: ‘quanto tempo me resta? Vou sofrer? Vai causar dor?’ Mas tu não perguntas nada…
Sais daquela porta com uma palavra na cabeça: Vida! E, a partir daquele dia não pensas na morte, pensas na vida…
A partir daquele dia não vais morrer vais, finalmente, começar a viver!
Não te importa se a tua vida vão ser dias, meses ou anos. Na tua vida deixa de haver relógio…
E sentes um alívio imenso. O mundo, o peso do mundo saiu-te das costas! Deixas de fazer planos, de tentar perfeições, de achar que não podes errar…deixas de estar para passar a ser!
E tudo, mesmo tudo passa a ter outra dimensão. Quando muitos pensam que a vida acaba , tu sentes que ela finalmente começa…
Sentes cada cheiro como nunca havias sentido, olhas para as coisas mais banais como nunca tinhas olhado, deixas de ter certezas absolutas, sentes-te livre, amas como se cada dia fosse o último dia! Amas muito, amas intensamente, amas desesperadamente…
E, quando chegar, quando o último dia chegar, não vais morrer de uma estúpida doença qualquer, vais morrer da melhor das doenças: Amor!

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A princesa que se cansou de esperar

 
Ontem li um texto que parecia escrito para mim pois retratava exactamente o que estou a viver. Começo a acreditar que o Universo nos envia mensagens a toda a hora, nos envia respostas quando nós passamos dias a fazer perguntas em voz baixa. Resumindo, o texto dizia que quem quer faz acontecer e, se não acontece, algo está errado na história. Por muito diferentes que as pessoas  sejam, por mais complicadas as suas cabeças, quando toca a sentimentos fortes e verdadeiros, arranja-se sempre uma forma de dar certo, contornam-se obstáculos, movem-se montanhas...
Sempre fui assim nos meus amores, sempre lutei pelo que sentia e por quem amava, nunca desisti até esgotar todas as hipóteses. Sim, elas também se esgotam! Mas nunca deixei de tentar...e, quando acabou, por muita que tivesse sido a dor do fim (não existem fins sem dor!), ela foi-se atenuando pela sensação de que não ficaram 'ses', de que não ficaram coisas por viver, de que nada ficou por sentir! E, é com esta sensação de que tudo foi feito que recomeçamos novamente, que o nosso coração se esvazia de um amor em busca de outro porque, no final, o que queremos sempre é continuar em busca do amor que não vai ter um fim!
Confesso que sou a eterna crente nos contos de fadas, na famosa frase: 'e foram felizes para sempre'! Mas, ao ler aquele texto ontem percebi que não posso ficar eternamente á espera que o príncipe me venha resgatar, que esperar tanto é doloroso e cansa...e que a vida não pode parar á espera do final feliz! Assim, também eu tenho de "amarrar o dragão, saltar a ponte quebrada e enfrentar a floresta escura", também eu tenho de parar de acreditar que é uma questão de tempo até o príncipe lutar pelo amor e, também eu tenho de fazer como a princesa do texto que "decidiu escolher ao invés de ser escolhida e agora já não precisa mais do plural para escrever o seu final feliz."
Não é fácil para alguém deixar de acreditar em contos de fada, em finais felizes mas, para que uma história tenha final feliz, para que um amor seja " até que a morte os separe", tem de ser dois a querer, dois a lutar, dois a sentir e dois a viver! Um coração que ama não aguenta a distância, não vive na ausência...um coração que ama precisa de outro coração a bater ao mesmo compasso!
Hoje ainda não escrevo aqui a minha história com final feliz mas, um dia sei que vou escrever...porque é nisso que acredito e é isso que mereço!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

37...

 
E cá está ele, mais um número, mais um ano de vida ...
Não receio que os anos passem, gosto de comemorar aniversários porque isso significa celebrar vida. Gosto de Viver!
Gosto de chegar a este dia e comover-me, emocionar-me com as palavras, com os actos,com as pessoas. Gosto de chegar a este dia e fazer uma retrospectiva rápida do que está para trás e renovar em sonhos o que vem pela frente. Gosto de agradecer o que tenho, os que tenho. Gosto de recordar outros aniversários, outros sonhos, outros sorrisos. Gosto de sentir sempre que estou incompleta e que vou ter mais um ano de vida para me completar, para me encher de mim!
Olho para trás e vejo um caminho cada vez maior, percorrido a custo, com muitos tropeços, muitas quedas, muitas corridas, muitas paragens mas, acima de tudo, com muita determinação, muita coragem para querer e para fazer, muita persistência, muita alegria e muita vontade de viver senão feliz, pelo menos a tentar sê-lo com todas as minhas forças!
Sei o que tenho na minha vida, sem quem tenho, sei o quero e quem quero...sei tanto e falta-me aprender ainda muito!
Hoje, sentada aqui neste meu cantinho do sofá, com o meu companheiro de 'viagem' deitado no tapete, choro de alegria porque sei que estou rodeada do amor que sempre dei, que por muito que ainda me falte, vou ter sempre tanto! Hoje é apenas mais um dia em que os meus me enchem o coração e me fazem acreditar que viver é mesmo uma aventura fantástica!
Tive um dia recheado de sentimentos fortes, de manifestações de amor gigantescas, de provas incondicionais de que sou e que me são, de que dou e que me dão, de que quero e que me querem...
Mais do que rugas, mais do que marcas do tempo, gosto de comemorar a vida que passa e que me deixa marcas profundas na alma!
Falta-me muito por viver, muito por conquistar, muito por dar e receber mas, por hoje, quero agradecer e celebrar o que vivi, o que conquistei, o que dei e o que recebi!
Cheers!

domingo, 28 de setembro de 2014

Vem...


 
Vem despedir-te de mim!
Vem mais uma vez, uma última vez para eu me lembrar como é ter-te aqui, como é abrir-te a porta do que sou, como é ficar pequena nos teus braços  e sentir-me gigante , como é cortar o silêncio com o bater do meu coração, como é sentir na pele a estrada que percorrem os teus dedos…
Vem mais uma vez lembrar-me porque fui feliz todas as outras vezes…
Dá-me um beijo e vai…e que seja nesse beijo que eu te encontre mais uma vez, que eu respire o ar que me tem faltado, que eu fale tudo o que não te disse, tudo o que não tive tempo de te dizer…
Dá-me um beijo e vai… vai sem olhar para trás, vai sem que os meus olhos fiquem presos aos teus, sem que o meu sorriso se desfaça com os teus passos, sem que o meu adeus se faça ouvir…
Vem uma última vez e depois vai!

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Love note day...

 
Hoje é o love note day! Ele há dias para tudo e mais alguma coisa mas este, até acho fofinho!
Sempre fui de demonstrar o que sinto pelo outro.Acho essa história  do 'já nos conhecemos tão bem que não é preciso falar!' ou 'já sabes que te amo, não é é preciso dizer...', uma valente treta! Se o sentes tens de o dizer, se o sentes queres e precisas de o dizer, tudo em ti grita Amo-te! Sem vergonhas, sem falsos pudores ou mudas suposições !
Sempre usei e abusei da palavra  amo-te, nunca em vão, nunca levianamente  mas porque o sinto e, porque preciso de reforçar o que sinto com palavras...
Quantas vezes termino as conversas com os meus amigos a dizer amo-te? Quantas vezes digo amo-te às  minhas crianças , quantas vezes digo amor ? Muitas, tantas...e nunca são  suficientes !
Já escrevi muitas love notes, já escrevi muitas cartas de amor mas hoje, fazendo jus ao dia vou deixar aqui uma especial : " Antes escangalhar-me no Inferno contigo do que atravessar o paraíso sem ti! Gosto de ti...e pronto!"
Não se esqueçam de deixar a vossa love note do dia a quem amam...nunca é suficiente!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

No meu reino...

 
'Bom dia rainha'!
Dou a 1a gargalhada do dia. Desde que um dia, a brincar, te disse: "já fui uma rainha e uma vez rainha sempre rainha", não paraste mais...rainha para aqui, rainha para ali. Rainha sem trono, respondo eu a rir!
Na verdade já me senti muitas vezes assim, uma rainha! Já fui mimada como uma, amada como uma, respeitada como uma.Já sonhei como uma...
Não sei reinar.Mas sei sonhar. Sonho com um reino cheio, onde os sorrisos imperam, onde a alegria é lei, onde todos se ajudam, onde todos se amam. Sonho com um reino em que o meu castelo é inundado de luz, onde crianças brincam e correm, onde a mesa tem sempre os lugares preenchidos, onde todos são felizes!
Não sei reinar mas sonho com um reino onde serias tu o meu rei, onde me acordarias  todos os dias, despida de coroa, com um beijo dos nossos, com um longo sorriso e um simples :'bom dia minha rainha'!
Sim, por ti formaria um reino, o meu, o teu, o nosso!
Volto a ler a mensagem :'bom dia rainha '! Volto a soltar uma gargalhada e penso: sim, ainda consigo sonhar!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Carta ao medo

 
Olá, já nos conhecemos lembras-te? Eu era criança quando nos vimos pela 1a vez. Não gostei de ti! Desculpa a frontalidade mas achei-te intrometido, convencido, chato! Estivemos juntos muitas vezes no meu quarto, no meu 1º dia de escola, quando mudei de casa e de cidade, quando entrei na nova escola e tive de fazer novos amigos...estavas lá mas como eu não gostava de ti, ignorava-te e acabavas por ir embora. Estávamos longos períodos sem nos ver...e que bom que era não ter noticias tuas!
Voltaste a aparecer muito mais tarde, ainda mais convencido, mais seguro de ti...lembro que entraste comigo naquele quarto de hospital quando tudo o que eu queria era ficar sozinha com a minha dor! Mas não, a partir desse dia não mais me largaste e, quando eu julguei ter perdido tudo, ter perdido todos, tu fizeste questão de ficar! E ficaste...
E é curioso que quando algo está tão presente na nossa vida deixa quase de se sentir, de se ver...torna-se uma sombra de nós e aprendemos a andar com ela sem olhar para trás!
Para não te ver fiz algo que aprendi logo em criança, talvez em desenhos animados, talvez em algum dos livros onde aprendi a ler ainda antes de ir para a escola: pus a minha capa dos super poderes! Debaixo dela não me conseguias tocar, debaixo dela ninguém conseguia ver a tua sombra, debaixo dela tu não existias! Mas, ás vezes e com tanto uso, a capa rasgava-se, começava a ficar gasta, tinha de ser remendada. E, nesses momentos em que a tirava lá estavas tu, a olhar para mim, a mostrar-me a tua força, a tua imponência! Continuavas o mesmo: prepotente, intrometido, chato! E eu continuava a odiar-te e a querer que desaparecesses da minha vida!
Um dia, assim do nada, desmaiei. Caí redonda no meio do chão! Quando acordei não sabia da minha capa...fui 'despida' para o hospital! Quiseste acompanhar-me... pela 1ª vez fiz-te frente e não deixei! Não, não tinha a minha capa mas também não precisava dela! Caramba, aos 36 anos estava mais do que na altura de me despedir de ti! Devia ter batido com a cabeça...
Sem a minha capa sentia-me frágil, perdi os super poderes, já não era a mulher destemida, que aguenta tudo, que estava protegida de ti... do medo!
Decidi pedir ajuda a alguém...encontrei uma costureira que me fez uma nova, uma ainda mais especial, mais personalizada, á minha medida! E sabes que capa é essa? A minha pele. Sabes como se ganham super poderes? Vestindo a nossa essência, conhecendo as nossas vulnerabilidades e enfrentando-as.
Desde esse dia, todos os dias me olho ao espelho com orgulho na minha pele! Desde esse dia ainda me procuras várias vezes, ainda tentas voltar á minha vida, impor a tua presença mas, desde esse dia decidi ser feliz! E sabes? Se não te tivesse conhecido nunca teria sabido como é bom viver sem ti...porque és um chato, um prepotente, um intrometido e por isso digo-te: Adeus!

Vazio...

Abres a porta  e entras. A mesma casa, o mesmo sítio onde todos os dias pousas  a mala, o mesmo sofá onde te sentas  a descansar,  o mesmo cão  que te recebe aos saltos e com os olhos a 'sorrir'. Trocas palavras com ele para cortar o silêncio. O mesmo silêncio...
Nunca percorres  a casa toda,  é enorme...demasiado para o espaço que ocupas,  afinal só ocupas um pequeno espaço naquele sofá.
Ás vezes ligas a Tv mas nem vês o que lá  se passa, não queres saber dos males do mundo, das novelas da vida, dos reality shows com personagens ridículas.
Olhas muitas vezes em volta...tudo aquilo tem a tua cara, é como tu gostas, como um dia idealizaste. Gostas de espaços bonitos...
Pensas para ti que tens muito, mais do que muitos e, ao mesmo tempo, não consegues deixar de sentir que não tens nada. É nesses momentos que dás por ti a repensar tudo. Uma lágrima cai seguida de tantas outras...és de lágrima fácil,  tão fácil como o sorriso que vais espalhando pela casa em fotografias para te lembrar que és feliz. Conhecem-te por ele, embora ele seja a mais pequena parte de ti.
Olhas à volta e lembras tempos em que a casa estava cheia, em que a tua vida se enchia com as pessoas, as mesmas que hoje te fazem sair de casa para não veres  o quanto ela está vazia.
Sempre te orgulhaste de ser independente,  senhora do teu nariz e dás por ti vazia de uma vida que não conseguiste construir,  de um amor que não encontras,  de uma família que te falta...e sentes  medo, cansaço, fragilidade, um sem número de coisas que se sentam contigo naquele canto do sofá. E vem o cão e puxa-te para brincar e trocas com ele palavras para cortar os silêncios que te 'matam'! E ele 'sorri' com os olhos e tudo parece melhor!
É a tua vida, a que traçaste,  a que o destino traçou, aquela que tens...limpas as lágrimas e voltas a sorrir como nas fotos espalhadas pela casa que te lembram que és feliz...por momentos!

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Vais...


E vais…e sinto que te vais de mim! Sinto, cá dentro do mesmo coração e da mesma alma onde te amo, que precisas de ir…
Este amor prende-te, amedronta-te, fragiliza-te, tira-te os sorrisos, quando tudo o que mais gosto é ver-te sorrir!
E por mais que te queira, não te posso pedir que fiques…porque no fundo não estás! Por muito que o deseje não és e não estás feliz ao meu lado! Por muito que enchas os pulmões, sinto que te tiro o ar…
O Amor, aquele que descobri que sinto por ti, tem de deixar-te viver!
Vive, não por mim, pelo amor que te sinto mas pelo homem que vi que és, pelo muito que te falta ainda viver e sorrir!
Vive lembrando-te que tudo na vida tem um propósito…e tu tens muitos propósitos pelos quais viver! Vive porque és um ser humano bom e verdadeiro, vive porque a vida te mostrou que vamos sempre a tempo de recomeçar o caminho, vive porque tens muito amor dentro de ti para dar, vive porque fazes a diferença nem que seja para uma única pessoa, vive porque mereces cada minuto de felicidade que a vida te deve!
Vivel!!! Olha-te ao espelho e ,de uma vez por todas, vê realmente quem és! Vive por ti! Vive porque viver vale a pena! Mas vive livre: livre de medos, livre de memórias, livre do passado e do que ele te fez!
Vive com uma certeza: mereces muito! Só depende de ti  fazer de cada dia um dia teu!
Deste-me algo muito maior do que possas imaginar! A maior prova de amor que te posso dar, a minha melhor forma de gratidão, é mostrar-te que esse mundo, o mundo onde podemos e vamos a tempo de ser felizes, também é  teu! Busca esse mundo que tem tanto para ti! Busca esse brilho que os teus olhos merecem, busca esses sorrisos que te pertencem, busca essa alegria que sei que está dentro de ti…
Amo-te e amar é deixar livres aqueles que amamos…
Não aprendi a dizer adeus a quem amo...por isso, digo-te apenas: vai ser feliz!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Gosto de ti e então?

 
Gosto de ti! Simples não é? É com esta simplicidade que as crianças declaram o seu amor...não as ouves dizer amo-te! É nas palavras mais simples que residem os sentimentos mais puros, mais verdadeiros. Gosto de ti.
Gosto de ti desde o primeiro dia.
Gosto de ti desde o primeiro sorriso tímido que contrastava com o meu, sempre aberto.
Gosto de ti desde o primeiro olhar perdido nas minhas palavras.
Gosto de ti desde a primeira piada.
Gosto de ti desde o primeiro toque.
Gosto de ti desde o primeiro beijo.
Gosto de ti.
Gosto de ti porque tens expressões que me fazem rir.
Gosto de ti porque usas o humor como defesa.
Gosto de ti porque não concordas com nada.
Gosto de ti porque me perco nos teus olhos.
Gosto de ti porque és meigo.
Gosto de ti porque me sabes 'picar'.
Gosto de ti porque és um falso convencido.
Gosto de ti porque me sinto infantil ao teu lado.
Gosto de ti pela tua doçura.
Gosto de ti pela tua timidez.
Gosto de ti porque me fazes esquecer o tempo.
Gosto de ti porque me fazes querer sempre mais.
Gosto de ti porque nunca me chegas.
Gosto de ti.
Simples não é?

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Vamos dormir?

 
Está na hora, vamos dormir!
Puxo-te pelo braço para que te levantes do sofá onde te sentas sempre torto. Subimos abraçados, a brincar e a rir porque é assim sempre: estamos felizes!
Saltamos para cima da cama como duas crianças que brincam num trampolim. De um salto caio nos teus braços e tu enrosca-me a ti…E é ali que fico, enroscada no teu peito, a sentir o teu respirar na minha pele, a ouvir as batidas do teu coração, a sentir o teu cheiro…o cheiro que me acompanha o dia todo e que me leva sempre a ti!
É ali que pertenço, é ali que descanso, é ali que me sinto em paz…nos teus braços!
É ali, nos teus braços que vou lentamente entrar num sono profundo que me leva aos sonhos…e é ali, nos teus braços que sonho os mais belos sonhos!
E se agora mesmo estiver a sonhar, tudo o que te peço é que me deixes estar, que não me acordes para eu não ver que afinal não estás aqui!
Vamos dormir?

domingo, 7 de setembro de 2014

Aguenta coração!

 
O que se faz a um coração que só sabe amar? O que se faz a um coração cansado mas que teima em correr sempre desenfreado atrás do amor? O que se faz a um coração que é teimoso, que é cego, que é surdo mas que não é mudo? O que se faz a um coração que não respeita o que a cabeça lhe pede? O que se faz a um coração que passa o tempo a abrir feridas e a tentar fecha-las? O que se faz a um coração que só quer bater junto a outro coração?
Nasci assim, com este coração...o que se faz á menina que só sabe amar? O que se faz á menina que está cansada mas não deixa de acreditar no amor? O que se faz á menina que teima não ver sinais proibidos, que teima não ouvir os alertas de perigo e que teima em falar com o coração? O que se faz á mulher racional que vira menina? O que se faz com as feridas que vão ficando e com as cicatrizes que se acumulam? O que se faz quando apenas se quer amar e ser amado?

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Da amizade...

 
Hoje assinala-se o dia internacional da amizade. Mais um dia que não precisava de marcas no calendário mas que ainda assim, pela importância do sentimento, se assinala.
Nunca fiz amigos ‘por fazer’, não me dou a conhecer de forma fácil, não banalizo sentimentos. No entanto, olho para trás e vejo o grupo de pessoas que fui reunindo á minha volta, que eu ganhei, que me ganharam, que eu escolhi, que ...me escolheram, que eu amo e que me amam…umas vem de longe, outras chegaram mais tarde, umas estão sempre por perto, outras estão lá mesmo longe mas sempre!
Tenho amigos de ‘clinica geral’ e amigos de ‘especialidade’, tenho amigos de todas as horas e tenho amigos que fazem parar as horas, tenho amigos família e tenho uma família recheada de amigos, tenho amigos ancôra que me prendem e amigos pássaro que me fazem voar…tenho, acima de tudo, pessoas! Pessoas especiais, cada uma á sua maneira, cada uma com um lugar seu dentro de mim! Cada uma dessas pessoas é o espelho do orgulho que tenho na pessoa que sou, na pessoa que juntou ao seu redor pessoas tão bonitas, tão verdadeiras, tão únicas!
Graças a cada um de vocês que, á sua maneira, enchem a minha vida de alegria, de sorrisos, de experiências, de magia, de amor…sou feliz!
Tenho hoje e todos os dias o melhor que alguém pode desejar: as ‘minhas’ pessoas!

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Isso chamado saudade...

 
 Perguntas:'Tens saudades?'
 Não sei…isso da saudade não é coisa que se sente com grandes períodos de ausência, quando estamos fisicamente longe do outro? Como posso sentir saudade do que vi e senti ao meu lado há menos de 24h?
 Isso é saudade?
 Saudade é sentir falta do teu cheiro o dia todo?
 Saudade é imaginar o teu sorriso e sorrir também?
 Saudade é esperar pelo tempo como se segundos fossem horas?
 Saudade é querer trazer-te comigo sempre que vou?
 Saudade é suspirar de cada vez que olho para o telefone?
 Saudade é querer que fiques no meu abraço?
 Saudade é isso? Saudade é aquilo que sinto no minuto seguinte?
 Saudade é o que sinto quando vou, quando vais? ...Então sim, sinto saudade!

terça-feira, 8 de julho de 2014

Hoje e amanhã...


A vida adora testar-nos, ver até que ponto as nossas certezas são absolutas, as nossas mudanças são verdadeiras, as nossas barreiras foram ou não ultrapassadas…

 
Hoje, mais uma vez a vida testou-me…testou-me os medos que julgava já não ter, testou-me a segurança que pensei ter alcançado, testou-me as fragilidades contra as quais jurei lutar! Hoje voltei a sentir-me a menina da aldeia que queria provar a todos que era diferente, que era melhor!  Hoje as lágrimas voltaram a cair por ter duvidado da mulher que sou, por mais uma vez me culpar a mim pelo que os outros me fazem, por ter vontade de fugir para aquela Bela que acreditei ter deixado lá atrás…

 Hoje tive vergonha, tive raiva, tive medo, tive dúvidas e, por fim, tive a certeza de que a vida me vai testar ainda muitas vezes!

Hoje senti-me frágil…senti-me como realmente sou! Amanhã sei que vou acordar mais forte porque se há algo que aprendi é que todos temos dois lados e eu, não sou excepção!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Forgiveness...


 
Hoje é dia de perdoar…é o Global Forgiveness Day!
Pensei  em quem gostaria de perdoar e a quem gostaria de pedir perdão. A resposta ás duas questões resume-se a uma mesma pessoa: eu!
Nunca tive problemas em pedir desculpa ou sequer em desculpar os outros. Aliás, acho que sempre o fiz com muita facilidade. E eu? E a mim? Sim, porque se pararmos para pensar, muitas vezes , somos o pior e mais cruel juíz de nós próprios! Eu sempre fui assim comigo. Nunca me perdoei  por todas as vezes em que julguei falhar, por todos os objectivos que não alcancei, por todas as metas que deixei por cruzar…e o peso da culpa é o pior dos pesos, o mais duro de transportar na bagagem, o que nos impede de seguir caminho…
Há muito pouco tempo decidi parar de transportar comigo o que me pesava! Fui ao mais fundo de mim, desbravei medos, respondi a questões, saí da minha zona de conforto, descobri culpas que nem sabia que carregava! E finalmente, perdoei-me! Perdoei –me por não ser perfeita aos meus próprios olhos, perdoei-me por não ser verdadeira comigo, perdoei-me por ter falhado e, finalmente, perdoei-me por ter escolhido ser imperfeita! E o perdão é libertador…deixa-nos leves, livres!

Pedi desculpa a mim própria e desculpei-me…desde esse dia sou mais feliz!

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Coisas que me fazem feliz!

De ontem e das coisas que me põe sorrisos parvos no rosto...
Ontem jantei com o meu sobrinho que vai ser papá e que me mostrou orgulhosamente a eco da sua menina.
'Está a rir! -disse eu
-Sim, parece não é?
-Que giro, vê-se tão bem!
-Sabes o que também se vê tia? O nariz...repara bem, vai ter o nariz pequenino e empinado, igualzinho ao teu!'
Qual é a probabilidade daquela criança ter alguma semelh...ança física com a minha? Nenhuma...mas pensar que nem por um momento ele se lembrou disso e ainda referiu aquela característica com orgulho, deixou-me sem palavras e de sorriso parvo no rosto! Diz que família é isto...não importa que o sangue não seja o mesmo, desde que o amor nos corra nas veias!

domingo, 8 de junho de 2014

A primeira valsa...

 
8 de Junho...será sempre e apenas uma data. Quantas vezes, em quantas vidas já se teriam cruzado? Nada começava ali e disso, ambos tinham a certeza.
8 de Junho foi apenas o dia dos corpos, o dia em que dançaram a sua primeira valsa...
Aquele não era um amor de corpo, era um amor de alma, de uma alma que era gémea e não era dali, desse sitio e desse tempo onde agora se encontravam.
Naquele dia, juntaram os corpos quando há muito já tinham juntado as almas.
Naquele dia, percorreram a pele um do outro, centímetro a centímetro...
Naquele dia, agarraram-se um ao outro até que o seu cheiro se tornou um só...
Naquele dia, lamberam cada gota de suor como se fossem a única fonte do deserto...
Naquele dia, comeram-se em beijos como se aquela fosse a sua última refeição...
Naquele dia, gravaram em si, de olhos fechados, os gemidos de prazer, os sussuros, a respiração, cada pormenor do outro...
Naquele dia, olharam-se nos olhos enquanto os seus corpos dançavam uma valsa...
Naquele dia, ele penetrou-lhe o corpo até à alma e aí ficaram, parados, agarrados a descansar desse orgasmo de vida...
Porque aquele nunca foi um amor de corpo foi sempre um amor da alma!
E um dia, muitos dias depois, da voz dela ouviu-se a pergunta: danças comigo a última valsa?

domingo, 1 de junho de 2014

Era uma vez...


 Era uma vez um mundo mágico em que todas as histórias começam assim, em que os relógios não marcam o tempo, em que a fantasia se afirma verdade, em que a imaginação ganha asas, em que os sonhos se vivem de olhos abertos, em q...ue os sorrisos são sinceros, em que viver é simples!
Era uma vez um mundo do qual ninguém nos prepara para sair...e crescer torna-se a mais árdua das tarefas! É o relógio que marca o tempo em segundos que não são suficientes, é a realidade que engole vorazmente a fantasia, é a imaginação que fica por terra e já não voa, são os sonhos que se perdem em noites de insónia, são os sorrisos que aparecem em momentos de tréguas, é a vida que teimamos em complicar...e, em tantos momentos, suspiramos o desejo secreto de que o tempo tivesse parado lá, naqueles anos em que tudo se resumia ao 'era uma vez'!
É isso que busco em cada uma das 'minhas' crianças...a menina que sonhava, que fantasiava, que imaginava, que acreditava, que sorria...É nos olhos delas que volto a esse mundo onde tudo é maior, tudo é mais verdadeiro, tudo é mais simples! É no sorriso delas que reencontro o meu sorriso de menina...
Se o meu mundo podia não estar rodeado de crianças? Podia, mas seria decerto muito mais infeliz!
FELIZ DIA MUNDIAL DA CRIANÇA!

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Aprender...



 
Aprender a ir com calma...
Aprender a saborear o momento sem exigir que o momento esteja rodeado de perfeição...
Aprender a não fazer perguntas e antecipar respostas...
Aprender a confiar, a acreditar...
Aprender a deixar-me guiar...
Aprender a sair da sombra do medo...
Aprender a ir sem traçar mapas exactos do caminho...
Aprender a deixar o instinto do coração falar mais alto do que a teimosia da razão...
Aprender...aprender a sonhar de novo, a sentir de novo, a amar de novo, a viver de novo!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

14...


 
14…é um numero pequeno se olhar para a frente, é um número enorme quando olho para trás! São 14 anos desde que demos o último abraço, desde que os teus olhos olharam os meus, desde que os meus lábios se encostaram á tua face, desde que te segurei no meu colo e desejei que nunca mais saíssemos dali, que aquilo não fosse a despedida! São 14 anos em que lembro sempre aquele dia, em que choro sempre aquele dia, em que sinto de novo a dor daquele dia! São 14 anos de uma saudade que não passa, de um vazio que não desaparece, de uma tristeza que está cá sempre, por trás do sorriso que tu tanto amavas! Tanta coisa aconteceu nestes 14 anos e parece que foi ontem…faltam ainda tantos anos pela frente, de saudade, de lembrança, de vazio mas também de sorrisos, sorrisos que nunca deixarei de ter porque é assim que tu me queres ver: feliz!

E a vida é curiosa…acabei de saber que vais ser novamente avô ( ou melhor, bisavô)! E este bebé vai nascer no teu mês!

Faltam ainda muitos anos, muito colo para onde não posso correr, muitas histórias que não vou poder partilhar com o meu melhor amigo, muitos carinhos que me vão fazer falta, muitas palavras certas que não estarão lá para me acalmar…faltas-me e sempre me irás faltar mas, por muitos que sejam os anos, estás em mim em tudo: no meu sorriso, na minha coragem, no meu caminho que percorro da forma que me ensinaste e neste amor, neste amor maior que será sempre teu!

Estás aqui, mesmo mesmo atrás de mim, a guardar-me, a guiar-me, a proteger-me e isso nem o tempo, nem o espaço conseguem apagar!

Amo-te meu anjo de luz, sempre e para sempre!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Abraça-me...

Perco-me no calor de um abraço...perco-me naquele simples gesto de carinho, de segurança, de cumplicidade, de aconchego, de amor!
Podia ficar horas perdida entre dois braços que me apertam, que me rodeiam, que me fazem sentir longe de tudo numa bolha onde mais ninguém pode entrar...para mim é isto o abraço!
Há momentos em que o mundo pára, em que o tempo não passa, em que a mente esvazia, em que o coração se enche, em que a vida é simples, tão simples...
Há momentos em que tudo o que vale a pena é fechar os olhos e perder-me no calor de um abraço!
Abraças-me?

segunda-feira, 19 de maio de 2014

O meu nome do meio...



Há dias em que acordas e o teu nome do meio é saudade! Saudade de nada em concreto e de tudo em particular...saudade de quem não está, saudade de quem já não vês, saudade de quem optaste por não ver e saudade até, de quem ainda ontem viste...
É um sentimento estranho, não vem acompanhado de tristeza, não tem a ver com solidão, é apenas isso: saudade!
Hoje senti saudade da voz do meu pai a chamar-me de boneca, consegui ouvir a minha mãe a tratar-me carinhosamente  por 'maria', senti falta dos gritos com sotaque do norte do meu pequenino a dizer: tiaaaaa, tive saudade de ouvir a simples palavra amo-te!
Hoje ouvi vozes que só eu consigo escutar...
Há dias assim, em que querias que o tempo te trouxesse de volta quem já não está, te trouxesse para perto quem está longe, te devolvesse a quem já não pertences!
Há dias em que, por muito feliz que sejas e te sintas, a saudade vem lembrar-te que havia mais nos teus dias para te fazer feliz e, que vais sentir sempre esse vazio...
Hoje, o meu nome do meio é saudade!

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Clinica geral e especialidades


 Disseram-me em tempos que os amigos são como médicos: uns são de clinica geral e outros dividem-se em especialidades…cada um com a sua!
No fundo sempre senti isso…tenho muitos amigos, amigos chegados, amigos ‘familia’, mas cada um deles tem o seu lugar muito distinto dentro de mim. E sou até um pouco egoísta, um pouco ciumenta, um pouco territorial nesse aspecto!
Go...sto de ter cada um para mim, em determinados momentos, gosto de partilhar com cada um coisas únicas, experiências e conversas só nossas, memórias que serão guardadas só por nós!
Ás vezes chego a sentir-me mal por não querer ‘misturar’ os meus amigos, por querer cada um deles só para mim em determinada altura.
É como um pai e uma mãe: gostamos dos dois com o mesmo amor mas por motivos e características diferentes! Gostamos de os ver juntos mas, não prescindimos do seu colo em separado! Assim sou eu com os meus amigos!
Tenho amigos para viajar, tenho amigos para dançar, tenho amigos para rir, tenho amigos para desabafar as minhas loucuras, tenho amigos para chorar as tristezas, tenho amigos para os copos, tenho amigos para as jantaradas, tenho amigos para as sunsets….tenho amigos de infância, tenho amigos de adolescência, tenho amigos de há anos e amigos de há meses…para mim são todos importantes, foram todos escolhidos para pertencer á minha vida mas quero que cada um tenha o seu próprio tempo, o seu próprio espaço, a sua ‘especialidade’ na minha vida! Quero que cada um sinta a importância que lhe dedico e quero continuar a escrever histórias só nossas, das quais só nós nos vamos rir, só nós nos vamos lembrar, só nós vamos partilhar…
Que me perdoem todos mas cada um é meu e só meu em determinadas alturas!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Hoje...

 

Estou apaixonada! Ou será melhor dizer, estou encantada? Não sei, acho que estou um misto de apaixonada com encantada!
Já estive apaixonada outras vezes, sei o que se sente: a ansiedade, as famosas borboletas na barriga, a saudade, a vergonha de parecer uma adolescente, o sorriso parvo no rosto quando se ouve a voz do outro lado do telefone ou quando se lê uma simples mensagem...sim, estou apaixonada! Mas, desta vez, é diferente. Porquê? Porque eu, aos 36, sou finalmente uma mulher diferente! Pela primeira vez, esta paixão tem-me num estado de paz e de calma como nunca senti! Pela primeira vez sei o que é estar apaixonado sem expectativas, sem questões de fundo, sem medos, sem 'testes' ao outro, sem pensar no amanhã porque o hoje é bom, bom que chegue para me fazer sorrir! Pela primeira vez apenas importa dar e receber com equilíbrio, rir em conjunto, ir descobrindo lentamente...
No outro dia, ao partilhar com uma amiga esta paixão, ela pergunta-me: mas afinal que defeitos tem essa criatura? Não sei, ainda não sei, não tenho pressa de saber...por enquanto chega-me que ele me trate como uma princesa, que me chame doce, que me dê toda a atenção do mundo, hoje! O resto vem com o tempo, se assim tiver de ser, se for esse o caminho. Os meus defeitos ele também só irá saber aos poucos, ao mesmo tempo em que eu descobrirei os dele. E assim será com tudo: os nossos gostos, as nossas manias, as nossas ambições, os nossos desejos...
Há tanto tempo que ansiava por este estado de calma e de paz, por este saborear do momento, por este deslumbramento de me deixar ir...
Pergunto-me se não terei feito tudo ao contrário, se não deveria ter sentido isto aos 20 e não agora, quando o tempo para tudo o que ainda desejo fazer me parece pouco...não! Nada acontece por acaso. Aos 20 não era segura de mim como sou hoje, não sabia o que queria e o que merecia como sei hoje, não tinha ainda sofrido para saber saborear o que não causa dor. Aos 20 estava longe de ser a mulher que hoje sou e que sempre ambicionei ser: fiel a mim!
Se esta paixão se vai ou não transformar em amor, se ele vai ou não estar no meu futuro, se é este o 'príncipe' com que nunca deixei de sonhar, não sei e, a verdade é que isso não importa! O que importa é que me faz feliz hoje, que está no meu presente e que, mesmo não sendo um príncipe me faz sentir uma princesa! O que importa é que mereço sentir-me assim, calma e em paz!
Hoje, tenho aquele sorriso parvo na cara, de quem voltou a ser adolescente...e adoro!