Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 30 de março de 2015

Por detrás do espelho...


 
Vamos falar de defeitos? Vamos falar de olhares críticos ao espelho, que em vez de verem beleza vêm celulite, estrias, borbulhas, rugas, rabos descaídos, peito que não tem o tamanho certo, etc, etc…
Hoje num grupo de amigas, uma delas, que calha de ser um mulherão loiro de olhos verdes, lábios carnudos, peito cheio, rabo torneado, falava dos seus inúmeros defeitos, das coisas que gostaria de mudar, de como o espelho para ela era um inimigo e não um amigo! Respeito, oiço, rio, ironizo mas fico a pensar em como tudo isto está errado, em como o conceito de estética e beleza manipula ainda tanta gente!
Já aqui o disse, era uma criança feia! Maria rapaz assumida, de cabelo curto, pele demasiado escura do sol, magricela e pequenina demais para a idade. A juntar a isso 3 mordidas de cão, uma delas que me deixou cicatrizes em mais de metade do rosto. As crianças são cruéis umas com as outras…ouvi várias vezes durante a infância e adolescência a palavra feia. Não me lembro de, uma única vez, isso me ter deixado infeliz! Irritada sim, mas isso não era difícil porque aliada á falta de beleza estava um mau génio terrível, que não deixava ninguém sem resposta ou troco! Aprendi a aceitar sempre aquilo que a vida me dava, a ver o lado positivo de tudo e a agradecer o que tinha! Quando olhava para as cicatrizes na cara, agradecia o facto de nenhuma delas me ter deixado cega ( e adorava de paixão o cão que me mordeu!), se tinha pernas demasiado magras não vestia saias ( o que não era nenhum sacrifício!), se o espelho me mostrava uma boca demasiado grande num rosto pequeno e magricela eu ria porque tinha um dentes lindos… Mais tarde quando descobri que tinha um problema gravíssimo de coluna que me ía obrigar a usar um colete por baixo da roupa que me deformava o corpo, brinquei com a situação e disse que, a partir daí, tinha uma carapaça o que me valeu a alcunha de Tartaruga por parte de professores e colegas! Ainda hoje a tartaruga é um dos meus animais favoritos! E, por fim, as cicatrizes nas costas de cima a baixo, de um lado ao outro…o médico a perguntar se um dia eu gostaria de fazer uma cirurgia plástica e eu a responder: mas porquê? Eu nem olho para as costas! E olhar para as cicatrizes lembra-me apenas que tive uma sorte diferente da de muitos que vi, da minha idade, em cadeira de rodas naquele hospital!
Já fui magra, já fui gorda, continuo baixa, tenho celulite, estrias, barriga saliente, rabo grande, pernas magras, cabelos brancos, rugas e então? Esta sou eu, tudo isto que me está marcado no corpo é meu, é único e pode definir-me esteticamente como mais bonita ou menos bonita mas não me define como pessoa!
Não sou hipócrita ao ponto de dizer que não me preocupo com o meu corpo, que não sou vaidosa, que não tenho os meus dias não em frente ao espelho…tenho claro, mas isso não me domina, não me altera, não me manipula! Gosto de mim, muito para além daquilo que um espelho pode mostrar! Gosto de mim muito para além daquilo que os olhos conseguem ver! A beleza, a verdadeira, para mim ainda está do lado de dentro!

segunda-feira, 23 de março de 2015

I am a passenger



                           
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Food and Music
 
 
 
 
  Este foi um fim de semana em cheio, como eu gosto: amigos e boa comida!
Nada substitui uma mesa rodeada de amigos, uma boa conversa, umas boas gargalhadas, bom vinho e boa comida.
Falando em boa comida quero sugerir-vos uma ida ao Station Restaurante & Club, onde jantei com amigos na 6a feira.
O restaurante, oferece uma fusão de sabores asiáticos, que vão desde o Tailandês ao Vietnamita. Tudo apresentado de uma forma fantástica e com sabores surpreendentes. A juntar á boa... comida, o serviço não podia ser melhor e o espaço, de frente para o Rio Tejo, cativa logo pela frase luminosa na parede : I am a passenger.
Depois do jantar, nada como subir até ao 1º piso e ouvir boa música num espaço que se apresenta como um Club...para desfrutar!
E se somos todos passageiros, que esta passagem seja feita de bons momentos, boas experiências, tertúlias e viagens que podem ser feitas também através do paladar!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Quando o dia chegar...


 
E quando o dia chegar vou estar tranquila…como no sonho! Quando o meu corpo sentir a água salgada , os meus olhos já fechados vão ver-te e vou, finalmente, deixar-me levar.

Vais puxar-me para os teus braços e vamos os dois, para o fundo do nosso mar...
Sim, somos filhos das marés, as mesmas que nos juntaram e, mais tarde nos levaram um do outro. A vida é como o Mar…cheia de marés! Ondas que vêm, ondas que vão, num mesmo Mar que não sai do sítio. E nós, somos do Mar!

Quando o dia chegar, voltaremos a ele como sempre voltávamos quando a saudade nos cansava, quando a distância nos doía… era lá que os nossos silêncios falavam, que as nossas promessas se eternizavam, que a nossa música tocava.

Quando o dia chegar, como no sonho, vais puxar-me para os teus braços, e embalados nas suas ondas, vamos dançar a nossa valsa sem fim.

Quando o dia chegar vou voltar a ti, vou voltar ao Mar.

Até já…

quinta-feira, 19 de março de 2015

Bom dia Pai!

 
 
Bom dia Pai
Bom dia meu amor maior! Sabes que dia é hoje? Não, não é o teu dia porque todos os dias são teus. Não há um único em que não me lembre de ti, em que não te sinta por perto, em que não me apeteça abraçar-te, em que não tenha algo que gostaria de partilhar contigo…
Hoje é apenas o dia do Pai! E o que é um dia marcado no calendário? É apenas mais um…
Mais um em que a vida me lembra que j...
á não estás á distancia de um beijo, ao alcance de um abraço, á mercê de um mimo…mas, é também mais um em que não esqueço a felicidade que trouxeste á minha vida, o amor que partilhamos, o tanto que contigo aprendi e que me acompanha sempre, o orgulho de teres sido tu e não qualquer outro!
Hoje vou, como tantas vezes faço, imaginar que me sento ao teu colo (sim, pode ser naquela cadeira que aprendi a não odiar porque era tua), coloco os dois braços á volta do teu pescoço, descanso a cabeça no teu ombro e ficamos ali, a conversar, a rir, a trocar mimos, a esquecer o tempo… porque o tempo pode ter-te levado para longe mas aqui, onde te sinto, onde te guardo, ele continua a não passar! Aqui,onde vou ser sempre a menina de sorriso rasgado, que corria para os teus braços para celebrar as suas vitórias, aqui onde vou ser sempre a boneca de temperamento forte e nariz arrebitado, aqui onde sou a criança que se levantava orgulhosa com os joelhos esfolados, aqui onde vou ser sempre a mão que se entrelaçou na tua até ao fim, aqui onde ainda oiço as tuas palavras e consigo ver o brilho dos teus olhos…aqui, o tempo não passa!
Bom dia Pai…sabes que dia é hoje? Dia de dizer: amo-te, como todos os dias!

segunda-feira, 16 de março de 2015

Naquele dia...

 
 
 
E naquele dia a dor foi enorme…
Por fim a pergunta que eu ansiava ouvir, por fim a resposta que há muito nos era pedida.
 E um dia juramos que seria por toda a vida e toda a vida acabava ali.
E foram tantos projectos, tanto tempo e de repente o tempo foi tão pouco…
E era um amor tão grande que nos tornou tão pequenos um para o outro…
E foi o tudo que se transformou em nada…
E foi uma porta que fechou e uma nova vida que se abriu…
Naquele dia nasci de novo quando pensava que ia morrer…e morri: morri em ti, morreste em mim mas nascemos de novo em nós…e foi, esse sim, o primeiro dia!
E o que foste, o que fomos, ficou em mim fechado, guardado, vivido, acabado.
E passaram-se tantos dias, contaram-se tantas histórias, sentiram-se outros amores, fizeram-se novas juras…
És de mim, sou de ti mas já não somos um do outro…
E o que sou agora é liberdade, a liberdade que o amor, aquele amor, nunca me voltaria a dar… a liberdade de ser eu, a que ao teu lado um dia se perdeu de si para depois se perder de ti.
E desde aquele dia sou livre, desde aquele dia renasci em mim, reencontrei-me, perdoei-me…
E desde aquele dia a vida multiplica-se em outros dias porque, afinal, nada acabava ali!
 


terça-feira, 10 de março de 2015

Todos os pôr- do-sol são nossos...


E desde aquele, todos os por do sol são nossos...
Todos os dias passaram a ser nossos...
E mesmo quando a tua mão não está pousada na minha, mesmo quando os teus braços não me apertam contra o peito e os teus olhos não se perdem com os meus a olhar a gigante bola de fogo a desaparecer no horizonte...estás ali!
Sim.Desde aquele dia vives em mim...desde aquele dia, que não sei exactamente qual foi porque o que sinto não se marca em nenhum calendário !
E, desde aquele dia, esse em que passaste a viver em mim e eu deixei de ser eu para passar a ser nós, cada vez que o Sol se põe não é mais um dia que passou mas sim, mais um dia em que fui feliz! E em cada pôr do sol sou feliz!
Desde esse dia os dias somam-se e, por mais que passem os dias, mesmo que o Sol se ponha sem ti a meu lado, sem a tua mão na minha, sem o teu abraço...os meus e os teus olhos mesmo que distantes, estarão sempre a olhar para aquela bola de fogo, na mesma direcção!
Sempre e para sempre, desde aquele dia...por muito que passem os dias!


segunda-feira, 2 de março de 2015

Não me ames!

 
Antes de começar este post, adianto já o que vão pensar: não, não estou louca. Não, não bati com a cabeça.
Já desejaram, alguma vez, 'descansar' do amor, dar férias ao coração, fazer uma espécie de ano sabático sem emoções fortes? Alguma vez desejaram não amar e não ser amados? (esta é a tal parte em que vocês já estão todos a chamar-me de louca não é?)
Não falo de matar em nós todos os sentimentos, virar bicho do mato insensível e frívolo, não! Apenas o desejo de não sentir amor daquele que nos tolda os sentidos, que nos desequilibra a mente, que nos esgota as forças... Pois, não me apetece amar e não me apetece que me amem! (gritem lá que estou doida varrida!).
Como posso estar sempre a falar de amor e não querer amar? Como posso pregar que acredito em histórias com final feliz e recusar-me a escreve-las? Como posso dizer que nasci para amar e agora querer matar á nascença os amores? Chama-se a este desejo Paz!
Acho que sempre vivi os sentimentos ao máximo, no tudo ou nada, no limite, até ao ponto de tudo se esgotar, de eu me esgotar. E, depois desse turbilhão gigante vem a calma, a tranquilidade...e essa calma que vem depois é viciante e ,vai-se tornando cada vez mais apreciada do que a tal adrenalina das borboletas na barriga! Com o passar do tempo e dos amores ( ou melhor, paixões!) aprecio cada vez mais estes momentos de rescaldo em que me volto para mim novamente.
Vivi, até hoje, um único amor onde, a par com a adrenalina e a paixão, existia essa paz, essa calma, essa vontade de ser, de estar, de querer e de ficar. E só assim vale a pena amar!
Não sei se a vida nos dá o privilégio de viver neste estado duas vezes, se vai existir outro amor que me traga de volta ao melhor de mim mesma, que me faça desfrutar do outro sem deixar de me sentir em paz comigo. Não sei...sei que, neste momento, neste exato momento da minha vida, me apetece desfrutar de mim e apenas de mim (sendo que aqui já estão incluídos todos os amores que nunca deixo pelo caminho e me acompanham pela vida!)
Não sei se vou sentir isto um mês, um ano, uma vida...o sentir não tem hora marcada.
Não deixei de acreditar no amor, não voltei costas ás relações apenas me apetece e muito, apreciar este estado de amor próprio.
Voltei a 'casa', voltei a mim...um dia estarei pronta para sair em novas viagens mas, até lá, não me ames!