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domingo, 30 de agosto de 2015

Até já Agosto!




E assim se foi Agosto…num piscar de olhos!

Agosto é um mês cheio, pelas férias, pelas datas importantes no meu calendário da vida, porque me dá o seu tempo e eu lhe retribuo com o meu! Assim de repente, acho que consigo recordar quase que em detalhe todos os Agostos da minha vida…

Em Agosto recarrego baterias, reequilibro energias, não conto as horas que passam, retiro dos dias tudo o que eles têm para me dar, canso-me a descansar, renovo-me, ponho-me em pausa para recomeçar em força.

Agosto traz sempre novidades, descobertas, aventuras, mudanças…

Em Agosto desarrumo-me para me voltar a arrumar…sempre de maneira diferente, por motivos diversos. Agosto dá-me tempo e paz para parar, para me ouvir, para me questionar, para relembrar o que aprendi e definir o que ainda quero aprender. Estou a pouco mais de um mês do meu aniversário, é sempre mais um ano de vida que vou acrescentar á minha bagagem e, aproveito Agosto para decidir o que fica nela, o que sai, o que recoloco em sítios diferentes…

Este Agosto foi bom, muito bom em silêncios, em perguntas, em respostas, em ‘viagens’ interiores no meio das muitas viagens á praia, dos muitos pôr do sol de cortar a respiração, dos imensos momentos de gratidão. Não fiz nada e fiz tudo!

Estou pronta para recomeçar etapas, iniciar outras, desenhar novos caminhos, construir novos objectivos.

Agosto passou a correr porque a vida não tira férias, apenas nos dá pausas para encher os pulmões de novo!

Bem vindo Setembro, até já Agosto!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

90...



Hoje farias 90 anos…

Imagino que o cabelo te estaria completamente branco, o rosto outrora bem desenhado estaria coberto de rugas, os olhos verdes estariam já sem o brilho de outros tempos, o teu 1,80 de altura teria, decerto, diminuído porque o tempo nos faz vergar às vicissitudes da vida e ficamos pequenos…cada vez mais pequenos! Não sei se me ouvirias dizer-te ao ouvido : amo-te, mas sei que me apertarias, com o que te restasse de forças, no ninho dos teus braços compridos. E eu ficaria ali, naquele abraço, a descansar como quem chega a casa depois de uma longa viagem!

Aos meus olhos continuarias a ser a mais bela das mulheres, a mãe guerreira que punha a armadura de ferro para esconder um coração que transbordava de amor, a que chorava para dentro as minhas dores e me dizia sempre para não chorar, a que me deixava cair e levantar sozinha para me mostrar que eu conseguia, sem ajuda…

Sempre te admirei, sempre vi em ti não a mulher grande mas grandiosa, não a mãe perfeita mas a mãe genuína.

Não sou nada daquilo que um dia foste mas ficou em mim muito de ti…não tanto do que me ensinaste mas sim do que me deste, porque o amor não se ensina, a vida não vem nos livros!

Ás vezes ‘oiço-te’ reclamar das minhas escolhas, ‘sentir’ tristeza por decisões que tomei… mas também sinto a tua mão a apertar com força a minha em cada caminho que decido percorrer, a tua voz a dizer: ‘vai e se te arrependeres volta, se caíres levanta-te e limpa as lágrimas, se doer o tempo cura, se for difícil tu consegues!’ Esta és tu em mim!

Hoje não te posso abraçar, não te posso celebrar os 90 anos mas posso fazer o que sempre fizemos em cada aniversário teu: celebrar a vida! Parabéns minha mãe!

 

 

domingo, 16 de agosto de 2015

Uma parte de mim...



O universo põe-nos á prova, vezes sem conta, dá-nos sinais, envia mensagens, mostra caminhos...nós, com a pretensão de que somos donos e senhores do nosso destino, de que sabemos tudo de nós e da vida, fechamos os olhos, fazemo-nos de surdos e vamos levando a vida entre tropeços e passos decididos, entre lagrimas e alegrias disfarçadas, sempre dizendo alto e a bom som que o que não nos mata nos torna mais fortes! Como se o segredo para a felicidade fosse a força ou aquilo que se enconde por trás dela. A verdade é que não existe segredo para a felicidade, a verdade é que cada um encontra a sua de forma diferente e em coisas distintas. Crescemos a acreditar que no amor está a felicidade suprema, que amar e ser amado é o clímax da vida...eu acreditei! Acreditei que seria feliz se amasse como sempre me ensinaram a amar, como sempre cresci,rodeada de amor...cresci a acreditar que o amor era a força maior que me fazia enfrentar todos os obstáculos, que me fazia levantar de todas as vezes que as rasteiras da vida me deitavam ao chão! Achava que era boa nisso de amar! Amei tudo o que me rodeava: a família, os amigos, dois homens fantásticos...fui amada, amada por todos e cada um. Então, seria caso para dizer que atingi o clímax da vida, que sou feliz! A verdade é que paguei preços sempre demasiado elevados por cada um desses amores, paguei por cada um deles com um pedaço de mim que não volto a recuperar...o amor nunca me veio de forma gratuita, essa é a verdade! Se temos de 'pagar' para ser felizes isso não pode ser chamado de felicidade ou pode? Hoje sei que não...hoje começo a perceber que se o amor me custa um preço tão alto, então não pode estar nele a minha felicidade! Perdi todos os amores e com eles perdeu-se uma parte de mim!