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domingo, 27 de setembro de 2015

Até já...


 
 
-Se eu morresse hoje, deixarias o que escreves no mar, no nosso mar?

-Talvez…talvez quando conseguisse voltar á vida…

-Esquecias-me? Alguma vez nos esquecerias?

-Imaginar perder-te, fisicamente, causa-me dor…não, não te esquecia, é a única certeza que tenho. O amor pode ter várias formas, como te disse um dia. Já vivi algumas, possivelmente viverei outras…nenhuma será igual á nossa…nunca!

-Eu nunca vivi nada assim, não estava preparado para isto…

-Nem eu meu querido. E, ainda bem que não estava preparada, que não precisei de me preparar, que me arrebatou, que me invadiu, que me encheu por completo…por isso é tão bom, tão especial, tão intenso e tão verdadeiro…é o que até hoje consigo definir, verdadeiramente, como amor.

-E eu também…até ti, era alguém que nunca sentiu amor, que nunca ‘fez amor’…até ti, meu amor!

-Até nós tudo era diferente, tão diferente…

-… depois de nós nada será igual…sou feliz! Para sempre e, finalmente!

-Sou feliz agora, porque é agora que preciso e quero ser feliz.

-Vamos dormir?

-Vamos dormir anjo...até já...

-Até já…

#lookoftheday



Girly look neste Domingo de Outono mascarado de Verão!
Aproveitar que ainda se pode usar cor...muita cor!!!
Bom domingo pessoas bonitas!

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

As estações do (meu) amor




Vou amar-te apenas no Inverno! Sim, no Inverno, quando o coração está frio como o tempo lá fora, quando o corpo pede calor, quando a lareira acesa ganha outro sabor no aconchego de ti, no aconchego de nós. Não gosto de sentir o coração frio, o silêncio que há nele quando não ama. E, no Inverno, ouvem-se todos os silêncios…

Na Primavera deixo-te partir, voar com as borboletas que chegam e são símbolo de novos amores. Na Primavera vais partir...podes ir que eu deixo sempre voar os que amo!

No Verão já não vais lembrar-te de mim…ou eu de ti! É a estação da aventura, o coração enche-se de outros ‘amores’, o tempo é pouco para sentir saudade. As ondas do mar lavam e levam a falta que me fazes, o Sol aquece esta pele que já não tocas, a música ocupa os silêncios da alma, para que eu não tenha vontade de ouvir, de novo, a tua voz.

No Outono, ah o Outono! No Outono recolho a casa e desfaço as malas. No Outono tu não estás mas não faz mal…até as árvores ficam despidas das suas folhas mas não perdem a beleza! No Outono, sinto-me nua de ti…volto a vestir-te no Inverno!

Vou amar-te apenas no Inverno…por isso volta, volta com o frio e aquece-me, de novo, o coração e a vida!


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Hoje apetece(S)-me...




Hoje apetece-me falar de amor. Hoje apetece-me falar do amor que sinto. Hoje apetece-me falar do amor que nem sabia que era amor. Hoje apetece-me falar de saudade. Hoje apetece-me falar de ausência. Hoje apetece-me falar do vazio. Hoje apetece-me falar da dúvida. Hoje apetece-me falar de um espaço ocupado onde não quero que mais ninguém entre. Hoje apetece-me falar do tempo. Hoje apetece-me falar da vida que se desperdiça. Hoje apetece-me falar do que vale a pena. Hoje apetece-me falar de quem vale a pena. Hoje apetece-me falar de verdade. Hoje apetece-me falar de vida. Hoje apetece-me falar de ti… mas não aqui!

domingo, 20 de setembro de 2015

#ámesacomamigos

 Ontem foi dia de abrir as portas cá de casa para mais um jantar. Ultimamente, não o faço tanto quanto gostaria mas, estes momentos, em que cozinho para os amigos e os recebo com uma mesa bonita para nos perdermos nela entre risos e garfadas, são algo que me enche o coração!
Tertúlias, as tais que me inspiram!

 
A mesa...gosto de mesas bonitas!

 
A entrada:vol au vent de chévre com mel e nozes

 
                            O prato: lasanha de frango com espinafres e mozarella fresca

Ainda ontem...



Ainda 'ontem' estava a fazer 18 anos! Ainda 'ontem' tinha a ânsia dos que querem crescer rápido e viver tudo de uma vez! Ainda 'ontem' construía castelos com pedras de lua, construía sonhos só de olhar para o mar! Ainda 'ontem' era uma menina que só queria ´ser mulher'!
Passaram 20 anos e o ontem voou e fez-se hoje e a mulher de hoje só quer voltar a ser a menina de ontem!


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Welcome (my) Home!


Nunca sonhei casar, ter uma casa térrea com jardim, enchê-la de filhos e ter um cão. Bem, a parte do cão talvez…

Quando era adolescente imaginava que o meu futuro passaria por ter um bom emprego (seria advogada!), viver num T1 em frente ao mar, viajar por esse mundo fora e não criar amarras (daí a dúvida quanto á parte do cão, apesar de amar animais). A vida é maestra em trocar-nos as voltas e mostrar-nos que há coisas que não se planeiam, simplesmente temos de nos deixar levar por elas… E, quando dei por mim, não era advogada, não vivia sozinha no meu T1 junto ao mar e, estava prestes a comprar a tal casa com jardim e a ter um cão! Não comprei a casa para a encher de filhos mas sim, comprei-a porque seria um espaço onde faríamos aquilo que ambos gostávamos de fazer: enchê-la de amigos, de bons momentos, de gargalhadas e mais tarde, a família, aquela que iríamos construir, fosse ela grande ou pequena!

O que mais me agradou nesta casa foi poder construí-la ao meu gosto e á minha medida. Tinha uma planta e, a partir daí, era dar asas áquilo que adorava fazer: criar, decidir, escolher, decorar. O R. deixou tudo nas minhas mãos…ele sabia o quanto o espaço era importante para mim, confiava no meu gosto, sabia que eu era exigente e deixou a ‘obra’ por minha conta. Foram tempos que me deram muito trabalho mas um gozo muito especial. Era a minha casa, feita e decorada á minha imagem! Quando ficou pronta não queríamos sair de lá…todos os fins de semana recebíamos amigos, o Natal passava-se aqui com a família, os miúdos (dos outros) adoravam cá estar! Estava criado o ambiente perfeito para construir a família feliz!

Herdei da minha mãe o hábito de estar sempre a renovar, a mudar as coisas de sitio, a acordar e virar tudo do avesso. Um dia, dá-se o avesso da vida, tudo se renova e fico eu, o cão e a casa gigante já sem jardim (que entretanto o cão tinha destruído!). Nunca houve dúvidas de que seria eu que ficaria a viver aqui: tudo tinha o meu cunho, a minha imagem, a minha energia…fiquei.

Passaram-se quase 4 anos e já tive vários sentimentos em relação a esta casa. Perguntei-me várias vezes porque raios não tinha eu o meu T1 junto ao mar, em que parte do caminho tinha enlouquecido para comprar uma casa no meio do campo, de que me serviam 2 jardins para cuja manutenção não tinha tempo, e que tinham virado selva amazónica, porque aceitei ter um cão que passava os dias na triste tarefa de guardar a casa e aguardar o meu regresso.

Os fins de semana em que havia imensa gente a circular por aqui, em que se recebiam os miúdos, em que se ouviam gargalhadas e se faziam tertúlias á mesa tornaram-se quase inexistentes…era mais fácil eu sair do que abrir portas para os outros entrarem. Acho que, algumas vezes ao longo deste tempo, cheguei a sentir-me demasiado pequena para tanto espaço, cheguei a temer que este não voltasse a ser o meu casulo, a minha bolha…pensei vender a casa, pensei arrendá-la, pensei começar de novo em outro sitio. Pensei tudo isso aqui, deitada no meu sofá, a inventar pratos na minha cozinha, entre tentativas de organizar a garagem e limpar o jardim… aqui, no único sitio que alguma vez chamei de meu, que foi a única coisa que ‘construí’ até hoje. Não sou apegada a coisas, a bens materiais, a sítios. Sou apegada a pessoas, a histórias…decidi que quem faz a história desta casa sou eu, que me cabe a mim fazer dela novamente o meu casulo, que posso enchê-la de mim e do meu cão como se de uma grande família se tratasse, posso voltar a abrir as portas e a enchê-la de gente mas, também posso ser feliz aqui dentro, com elas fechadas. Estou a apaixonar-me novamente pela minha casa, fruto de me estar a apaixonar cada vez mais por mim, a que gosta de criar, de decidir, de escolher, de rodear-se de coisas bonitas! Voltei a ter ideias, voltei a mudar as coisas de sitio, voltei a gostar de olhar á volta e sentir que tudo ali tem a minha cara. Voltei a querer estar, a querer ficar…voltei, finalmente, para casa!
P.S. Mostro-vos pedacinhos do meu mundo, um mundo que está sempre em obras e 'renovação'!

 
Máquina fotográfica, livros, fotos e frases inspiradoras... o que não pode faltar!

 
A minha nova mesa de centro feita de uma palete que por cá andava á espera de destino! Estou apaixonada por este novo cenário!

 
Vivo no campo e nunca tinha aproveitado os seus recursos. Arranjos naturais de oliveira e eucalipto espalham-se agora pela sala! São simples, naturais e dão um aroma maravilhoso!


 
A minha cadeira 'fetiche' no recanto de leitura, com vista para Nova Iorque (fotos a preto e branco da cidade que me inspira!)
Através da janela a vista para aquilo que em tempos foi um jardim...e que vai voltar a ser!

 
 
Passo cada vez mais tempo na cozinha e este cantinho que ando a preparar tornou-se especial! Mais paletes, pois claro, que a madeira fica bem em todo o lado!

 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

#Comidinhas



E para o jantar uma das minhas versões de hambúrguer gourmet: hambúrguer de perú com cogumelos, tomate seco e cebola confitada, acompanhado de puré de bróculos e batata doce ( e uma saladinha, claro!)

domingo, 13 de setembro de 2015

#Home details


Outra das minhas paixões além da escrita, da cozinha e da fotografia é a decoração.
Já há uns tempos que tenho um monte de paletes cá em casa á espera de destino. Comecei por trazer uma para a sala como mesa de centro. Não a tratei, não lhe fiz nada! Adoro o aspecto tosco e usado da madeira em contraste com o resto da decoração. A 1a já está, agora vou ás próximas!

Como um dia de Domingo...

 Adoraria chamar a isto Brunch, pois significaria que eu, como o comum dos mortais que se deita tarde a um Sábado, tinha acordado a uma hora tardia para o pequeno almoço. Pois esta menina tem pregos na cama e acordar tarde não faz parte das rotinas domingueiras! Ainda assim, acordei faminta e fui para a cozinha. Sim, é tudo para mim, sim eu consigo comer isto tudo pela manhã!
Bom Domingo pessoas giras!

 
Cogumelos e tomate cherry grelhados com ervas

           Salsichas de frango grelhadas, ovos mexidos com parmesão

sábado, 12 de setembro de 2015

#Sábados


Há Sábados que começam assim...
Mesa posta a preceito, pequeno almoço completo e ambiente inspirador. Em casa...a minha casa!
Bom fim de semana!

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O outro lado de mim...



Há pouco menos de um ano, estava eu a almoçar e na mesa ao lado, um senhor com os seus 60 e muitos anos não parava de olhar para mim. Temendo que eu estivesse a ficar incomodada, a determinada altura disse: ‘a menina ou a senhora vai-me desculpar eu estar a olhar tanto para si mas é tão bonita’. Esbocei um sorriso tímido e, educadamente, agradeci o elogio. Ele continuou: ‘ quando digo bonita, não estou só a falar do que está aos olhos de todos, estou a falar dessa luz que tem dentro de si…é uma alma muito bonita’. Eu continuava a sorrir, cada vez mais envergonhada com aquela conversa e com aquela ‘leitura’ que me estava a ser feita pelo desconhecido. ‘ Deve atrair muita gente á sua volta, vê-se que está bem consigo e é feliz. Isso gera inveja sabia? Há muita gente com inveja de si! As pessoas de luz são assim minha querida mas não se importe, continue a sorrir!’

Disse mais algumas palavras, levantou-se e saiu…eu, e os que estavam comigo á mesa, desatamos a rir. O homem era, no mínimo, estranho!

Penso algumas vezes naquelas palavras, principalmente quando em algumas conversas surge o tema inveja. E esse tema surge porque, realmente, há pessoas que acham que tenho a vida perfeita, a forma perfeita de viver a vida! Essas pessoas subdividem-se em dois tipos: as que não me conhecem de todo e me avaliam por uma mera rede social, onde estou sempre a passear e a sorrir e, algumas que, mesmo conhecendo-me, preferem ver resultados sem questionar os caminhos que percorri e percorro para ter a vida ‘perfeita’, que elas teimam em achar que tenho.

Sou positiva por natureza, vejo sempre o copo meio cheio e não meio vazio, acho sempre que depois da tempestade vem a bonança, acredito que podemos sempre retirar uma lição de tudo o que de bom e mau nos acontece… Não o faço porque quero ser ou parecer mais forte ou melhor do que ninguém, faço-o porque esta foi a forma que encontrei de fazer com que a minha passagem pela vida tenha sentido!

Uma vez, numa discussão com alguém derrotista, alguém que se escondia atrás de uma doença que já não tinha para desistir de si, dei por mim a ‘gritar’ : ‘não me venhas falar em perdas, não a mim, que já perdi tudo na vida e nem por isso desisti!’

Nunca, até aquele dia, ao dizer aquilo em voz alta, tinha parado para pensar que, realmente, já tinha perdido tudo aquilo que amava ao longo da minha vida. Já tinha sofrido todo o tipo de perdas que um individuo pode sentir! E acreditem que foram mesmo todas! E quando se perde tudo na vida, já não há mais nada a perder verdade? Mentira! Há uma única coisa que resta, uma única coisa a que te podes agarrar: tu! Posso ter perdido tudo mas não me quero perder a mim!

Quando percebes isso, quando realmente interiorizas isso, valorizas o que tens, o que és, o que a vida te dá, de uma forma muito mais tranquila. Também me magoo, também me desiludo (muito), também me sinto triste (algumas vezes), também gosto de colo e atenção mas, ainda assim, não faço depender a minha felicidade de ninguém. Tento, isso sim, ser fiel a mim própria porque acredito que o melhor de mim atrairá o melhor dos outros e, mesmo quando isso não acontece, aceito e sigo. Aceitar as imperfeições dos outros, ensina-nos a viver melhor com as nossas, a aceitar que nem todos somos iguais no ser, no estar, no sentir! Não sou perfeita, não tenho a vida perfeita, não sou imune á dor, não sou feita apenas de sorrisos e alegrias, não vivo tudo o que a minha cabeça ousa sonhar mas, uma coisa sou: única! Única nas cicatrizes que guardo, única nas histórias que vivi, única nas lições que a vida me deu, única na forma como escolhi viver a minha vida, única no caminho que todos os dias percorro em busca daquilo a que os outros chamam felicidade e eu chamo essência! Não tenho a pretensão de ser feliz, tenho a vontade insaciável de não perder aquilo que me resta: eu mesma! Não me julguem, não me tentem ‘clonar’, não me invejem…vivam, o melhor que souberem e puderem para que também o vosso caminho, um dia, tenha valido a pena!


sábado, 5 de setembro de 2015

Lições que a vida dá...


 
A vida tem formas estranhas de nos ‘abanar’, de nos fazer parar para pensar.

Éramos inseparáveis. Passávamos pela adolescência com as certezas inabaláveis de quem tem uma vida inteira pela frente, com a sabedoria própria de quem acha que já aprendeu tudo, com as dores gigantes que se pensavam ser as maiores, com a irreverência que só os verdes anos nos permitem ter. Foram amores e desamores, aventuras e desventuras, escolhas de vida e para a vida…foram anos de verdadeira e pura amizade.

Simultâneamente, foram também alguns dos momentos de maior dor na minha vida…e eles estavam lá, em todas as horas, em todos os momentos, em todas as lágrimas que chorei. Eram mais do que amigos, eram família, eram pessoas que, como eu, eram feitas de amor e amor era o que tinham para dar!

Ontem a vida juntou-nos pelos piores motivos…motivos que se repetem e nos juntam passados 15 anos! Estávamos ali, juntos na dor como já tínhamos estado… estávamos ali para fazer o que sempre fizemos: mostrar o nosso amor!

Quis lembrar-me onde nos ‘perdemos’, porque motivo as nossas vidas seguiram rumos diferentes…não me consigo lembrar em que parte do caminho me desviei, em que parte da vida deixei de ter tempo e espaço para aquela que foi a minha ‘família’ durante a adolescência, durante uma parte substancial da minha vida. Senti vergonha…vergonha por permitir que pessoas como aquelas, com as quais me sinto verdadeiramente eu, não estejam presentes no meu dia a dia.

Os amigos, os verdadeiros, podem não estar sempre juntos mas estão lá nos momentos importantes. Ontem estive lá…mas era importante ter estado em tantos outros momentos! Ontem vi os filhos que ainda não conhecia, ontem revi pessoas que me acolhiam em sua casa como se eu fosse mais uma das deles, ontem voltei a um tempo e a uma parte de mim que não queria ter perdido!

A vida volta a reunir-nos nos piores momentos mas quero estar presente nos melhores!

Escudamo-nos na falta de tempo, nas voltas que a vida dá,  num milhão de argumentos vazios para justificar que algumas pessoas se ‘percam’ da nossa vida! A única forma de perda que não controlamos é a morte…todas as outras são culpa nossa!

Ontem a vida mostrou-me que há ainda partes de mim para recuperar, partes de mim que deixei no passado mas que que quero levar comigo no futuro! Ontem a vida mostrou-me que há pessoas que são nossas para o resto da vida!