Hoje vi o Principezinho. Já tinha lido o livro, há muito
tempo atrás, mas há histórias que vale a pena relembrar.
Sou uma contadora de histórias e acredito que, ninguém conta
melhores histórias do que o coração. Ele sim, é o autor favorito de todos. As
suas, são as histórias mais lidas, mais contadas, mais bonitas, mais
partilhadas.
Uma das frases mais conhecidas desta história de Saint Exupéry
é: ‘ O essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração.’
Paramos poucas vezes para olhar com o coração. Paramos
poucas vezes para definir o que é, realmente, essencial. Perdemo-nos algures
durante o crescimento, desviamo-nos da rota do sentir e vamos atrás do rebanho
que se guia pelo querer. Queremos ter dinheiro, queremos ter sucesso, queremos
ter o amor perfeito, queremos ter a família exemplar, queremos ser os melhores
e mais admirados. Esquecemos o essencial, esquecemos o que advém dessa simples
palavra: a essência das coisas, a essência de nós! De tanto querer, esquecemo-nos
de ser! De tanto querer, tornamo-nos invisíveis para nós mesmos!
Esta história, mascara-se de história infantil apenas para
que nós, adultos, nos relembremos de ser crianças. Não podemos parar o tempo,
não podemos evitar as dores do crescimento, o que ele nos faz…mas podemos não
esquecer, não esquecer de ver com o coração!
São vários os momentos de aprendizagem nesta história,
várias as frases a reter: "Tu és eternamente
responsável por aquilo que cativas”, “Cada um que passa na nossa vida, passa
sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós; leva um pouco de nós mesmos, deixa
um pouco de si mesmo.”
Espero que, cada um de nós, em
determinada altura, pare para olhar: para si, para os outros, para a vida mas,
especialmente, para a criança que deixou lá atrás, para os sonhos que ela
carregava, para a forma simples como vivia os dias, para a verdade com que
sentia, para a leveza que o seu coração, ainda puro, sentia!
Não podemos deixar de crescer mas
podemos e devemos, conservar em nós essa essência e magia que nos torna a todos
‘o principezinho’ da nossa história!
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