Número total de visualizações de páginas

domingo, 6 de março de 2016

O invisível aos olhos



Hoje vi o Principezinho. Já tinha lido o livro, há muito tempo atrás, mas há histórias que vale a pena relembrar.
Sou uma contadora de histórias e acredito que, ninguém conta melhores histórias do que o coração. Ele sim, é o autor favorito de todos. As suas, são as histórias mais lidas, mais contadas, mais bonitas, mais partilhadas.
Uma das frases mais conhecidas desta história de Saint Exupéry é: ‘ O essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração.’
Paramos poucas vezes para olhar com o coração. Paramos poucas vezes para definir o que é, realmente, essencial. Perdemo-nos algures durante o crescimento, desviamo-nos da rota do sentir e vamos atrás do rebanho que se guia pelo querer. Queremos ter dinheiro, queremos ter sucesso, queremos ter o amor perfeito, queremos ter a família exemplar, queremos ser os melhores e mais admirados. Esquecemos o essencial, esquecemos o que advém dessa simples palavra: a essência das coisas, a essência de nós! De tanto querer, esquecemo-nos de ser! De tanto querer, tornamo-nos invisíveis para nós mesmos!
Esta história, mascara-se de história infantil apenas para que nós, adultos, nos relembremos de ser crianças. Não podemos parar o tempo, não podemos evitar as dores do crescimento, o que ele nos faz…mas podemos não esquecer, não esquecer de ver com o coração!
São vários os momentos de aprendizagem nesta história, várias as frases a reter: "Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas”, “Cada um que passa na nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós; leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo.”
Espero que, cada um de nós, em determinada altura, pare para olhar: para si, para os outros, para a vida mas, especialmente, para a criança que deixou lá atrás, para os sonhos que ela carregava, para a forma simples como vivia os dias, para a verdade com que sentia, para a leveza que o seu coração, ainda puro, sentia!
Não podemos deixar de crescer mas podemos e devemos, conservar em nós essa essência e magia que nos torna a todos ‘o principezinho’ da nossa história!

Sem comentários:

Enviar um comentário