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segunda-feira, 2 de março de 2015

Não me ames!

 
Antes de começar este post, adianto já o que vão pensar: não, não estou louca. Não, não bati com a cabeça.
Já desejaram, alguma vez, 'descansar' do amor, dar férias ao coração, fazer uma espécie de ano sabático sem emoções fortes? Alguma vez desejaram não amar e não ser amados? (esta é a tal parte em que vocês já estão todos a chamar-me de louca não é?)
Não falo de matar em nós todos os sentimentos, virar bicho do mato insensível e frívolo, não! Apenas o desejo de não sentir amor daquele que nos tolda os sentidos, que nos desequilibra a mente, que nos esgota as forças... Pois, não me apetece amar e não me apetece que me amem! (gritem lá que estou doida varrida!).
Como posso estar sempre a falar de amor e não querer amar? Como posso pregar que acredito em histórias com final feliz e recusar-me a escreve-las? Como posso dizer que nasci para amar e agora querer matar á nascença os amores? Chama-se a este desejo Paz!
Acho que sempre vivi os sentimentos ao máximo, no tudo ou nada, no limite, até ao ponto de tudo se esgotar, de eu me esgotar. E, depois desse turbilhão gigante vem a calma, a tranquilidade...e essa calma que vem depois é viciante e ,vai-se tornando cada vez mais apreciada do que a tal adrenalina das borboletas na barriga! Com o passar do tempo e dos amores ( ou melhor, paixões!) aprecio cada vez mais estes momentos de rescaldo em que me volto para mim novamente.
Vivi, até hoje, um único amor onde, a par com a adrenalina e a paixão, existia essa paz, essa calma, essa vontade de ser, de estar, de querer e de ficar. E só assim vale a pena amar!
Não sei se a vida nos dá o privilégio de viver neste estado duas vezes, se vai existir outro amor que me traga de volta ao melhor de mim mesma, que me faça desfrutar do outro sem deixar de me sentir em paz comigo. Não sei...sei que, neste momento, neste exato momento da minha vida, me apetece desfrutar de mim e apenas de mim (sendo que aqui já estão incluídos todos os amores que nunca deixo pelo caminho e me acompanham pela vida!)
Não sei se vou sentir isto um mês, um ano, uma vida...o sentir não tem hora marcada.
Não deixei de acreditar no amor, não voltei costas ás relações apenas me apetece e muito, apreciar este estado de amor próprio.
Voltei a 'casa', voltei a mim...um dia estarei pronta para sair em novas viagens mas, até lá, não me ames!

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