Vou amar-te apenas no Inverno! Sim, no Inverno, quando o
coração está frio como o tempo lá fora, quando o corpo pede calor, quando a
lareira acesa ganha outro sabor no aconchego de ti, no aconchego de nós. Não
gosto de sentir o coração frio, o silêncio que há nele quando não ama. E, no
Inverno, ouvem-se todos os silêncios…
Na Primavera deixo-te partir, voar com as borboletas que
chegam e são símbolo de novos amores. Na Primavera vais partir...podes ir que eu deixo sempre voar os que
amo!
No Verão já não vais lembrar-te de mim…ou eu de ti! É a
estação da aventura, o coração enche-se de outros ‘amores’, o tempo é pouco
para sentir saudade. As ondas do mar lavam e levam a falta que me fazes, o Sol
aquece esta pele que já não tocas, a música ocupa os silêncios da alma, para
que eu não tenha vontade de ouvir, de novo, a tua voz.
No Outono, ah o Outono! No Outono recolho a casa e desfaço
as malas. No Outono tu não estás mas não faz mal…até as árvores ficam
despidas das suas folhas mas não perdem a beleza! No Outono, sinto-me nua de
ti…volto a vestir-te no Inverno!
Vou amar-te apenas no Inverno…por isso volta, volta com o
frio e aquece-me, de novo, o coração e a vida!
Sem comentários:
Enviar um comentário