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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Não sejas ovelha...


-Promete-me que nunca vais ser vulgar. Não por mim, por ti...promete-me!
-Vulgar? Como assim?
-Ovelha. Que nunca vais fazer parte do rebanho, que vais ser sempre tu.
-Não sei onde queres chegar...se há coisa a que eu sou fiel é a mim própria. Que rebanho é esse de que falas? Aliás, neste momento não podia sentir-me mais 'ovelha negra'!
-Isso. É isso de que falo.Tu seres tu. Não por mim nem por ninguém...por ti.
-Sim, por mim porque toda a vida fui pelos outros...
-És um ser maravilhoso. Tu és tudo menos normal. És um anjo, o meu anjo, o meu amor...
-Os anjos não tem corpo, não beijam, não abraçam, não erram...Um dia vou ser um anjo, um dia.
-Tu tens. Beijas, abraças, erras...és um anjo perfeito.
-Sou apenas alguém que te ama...só.
-Apenas alguém...és tudo! Só quero que me prometas que nunca terá sido em vão, que isto nunca vai morrer dentro de ti...Podes um dia seguir, desviar-te, desistir, sei lá, chama-lhe o que quiseres, mas isto, nós, nunca vamos morrer um do outro!
- Prometo, de olhos fechados. Estás em mim, na minha alma e é aqui que ficarás, prometo.
- Um dia, quando fores, guarda-me dentro de ti e chama-me apenas quando precisares de ouvir de mim o que sempre te disse: vive! Porque tu és única, porque tu és Vida!
(e ela viveu, longe do rebanho, onde ás vezes só restava a solidão. Mas nunca foi ovelha...)

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