Primeiro a dança das línguas. O sugar, o morder. A descoberta
lenta dos sabores. A valsa do beijo. Um atrás do outro.
Aos poucos os braços que se rendem, as mãos que passeiam os
corpos, que se perdem entre cabelos em desalinho. Dedos que desenham as linhas
do rosto. Olhos fechados que se guiam pelo desejo. O beijo. A marca do beijo em
cada centímetro de pele. Tudo começa no beijo. Lento, longo, intenso.
Depois a urgência dos corpos, a ânsia dos corpos, o calor
dos sexos. Sexos famintos que se saciam. Gemidos de prazer que se gritam. O
inferno e o céu. O orgasmo. O arfar e o suor. A calma. O silêncio lânguido. O
beijo. Tudo acaba no beijo. Lento, longo, intenso.
Quem dera que tudo acabasse ali… bastasse saciar os sexos,
gritar orgasmos. Bastassem os corpos!
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