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quarta-feira, 19 de março de 2014

O meu primeiro amor!

Dizem que não há amor como o primeiro...e não há!
O primeiro amor é o mais inocente, o mais puro, o mais sincero, o mais verdadeiro, o mais intenso...
Hoje é o dia certo para vos falar do meu primeiro amor.
Ele era bastante mais velho do que eu...não era um homem bonito mas era, aos meus olhos, o homem mais bonito que eu conhecia. Tinha um olho azul e outro verde...até nisso era singular e único. Era baixinho para homem mas aos meus olhos era um gigante.Tinha um sorriso fácil e até um pouco tímido. Era calmo e paciente como poucos. Nunca falava alto, raramente se exaltava. Gostava de abraços fortes e de andar de mão dada comigo pela rua. Andávamos sempre de mão dada pela rua...
Nunca me chamava pelo nome...eu tinha um nome que era só dele. Tínhamos uma cumplicidade rara...ele lia-me os olhos como ninguém. Se eu estava triste ele ficava triste, se eu estava alegre, ele era o homem mais feliz do mundo. Com ele vi que os homens também choram!
O meu primeiro amor ensinou-me que a palavra amor se faz do dar incondicionalmente o coração a outro, se faz de dedicação, se faz de partilhas, se faz de palavras acompanhadas de atitudes. O meu primeiro amor ensinou-me o verdadeiro significado da palavra dar!
O meu primeiro amor entranhou-se em mim de tal forma que achei, enquanto crescia, que só valia a pena amar alguém assim...igual a ele!
O meu primeiro amor foi o meu pai! E não, não há amor como o primeiro!
Confesso que, consciente ou inconscientemente, procurei nos meus amores muito daquele homem, muito daquele amor puro e incondicional. Não há duas pessoas iguais, não há homem que possa algum dia ser igual ao meu pai, ser igual ao meu amor maior. Não procuro um amor igual ao que eu e ele tínhamos mas procuro, com toda a certeza, alguém que ame os meus filhos da mesma forma como o meu pai me amou! Um dia, quero olhar para o homem ao meu lado, para o homem que vou amar e poder orgulhar-me de ter dado aos meus filhos a possibilidade de serem amados e de se apaixonarem pelo pai como eu até hoje sou apaixonada pelo meu!
O meu pai exigiu sempre o melhor para mim, ensinou-me que eu merecia o melhor e, por isso, demore o tempo que demorar, não quero para pai dos meus filhos um homem que seja menos do que foi o meu para mim!
Há várias formas de amar, há vários tipos de amor e eu, vou sempre guardar em mim, o meu primeiro amor! Só vale a pena amar assim...

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