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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mãe ou mulher?


A propósito de uma conversa, um destes dias, com uma das pessoas cuja opinião eu mais prezo, e cuja sabedoria eu mais admiro, surge a seguinte afirmação: ' o mal de grande parte dos homens ( e ele é homem), é que muitas vezes eles querem uma mãe e não uma mulher.Esquecem-se que nenhuma mulher quer ser mãe do seu próprio marido...pelo menos não durante muito tempo!'
Ora aí está uma coisa que faz todo o sentido! Realmente, a determinada altura de um relacionamento,  a mulher (nem todas, claro!), assume também o papel de mãe. Mas, não considero que a culpa disso seja do homem, não exclusivamente! Nós mulheres também somos culpadas porque deixamos vir ao de cima o nosso instinto maternal e passamo-lo para a nossa relação. O 'deixa que eu faço',o 'eu trato disso', o querer proteger o nosso homem de tudo o que lhe possa fazer mal, o poupá-lo a determinadas coisas ou situações, são próprios de uma fêmea que defende e protege a sua cria. E tal como uma mãe, também nós não deixamos espaço para que eles se tornem independentes, donos de si, fortes...
Será isso que se quer de um relacionamento? Um que dependa do outro, um que dê a asa e o outro que se esconda debaixo dela, um que faça e o outro que espere que tudo seja feito? Não! Nenhum relacionamento resiste a esta substituição do Amor pelo instinto maternal.
O que homem quer realmente, é uma mãe mas também uma mulher, uma amante...e ninguém (ou quase ninguém), consegue desempenhar os três papeis na perfeição! Um dia, vão os dois aperceber-se que falharam...o homem porque substituiu a mulher pela figura de mãe e deixou de a ver como mulher e como amante, a mulher porque se deixou iludir pelo instinto maternal e deixou de ter um homem que cuide dela, que a proteja, que a deseje, para ter um de quem ela cuidou, a quem ela protegeu, a quem ela amou...como um filho, não como um amante, não como um marido!
Não existem fórmulas perfeitas para o Amor, para os relacionamentos mas, uma coisa é certa: há que separar bem as coisas, há que decidir se queremos viver uma relação de amor carnal, de paixão, de sedução, em que cada um não deixa de ser um individuo, ou se queremos viver uma relação 'parental', em que há sempre um que depende do outro, que precisa do outro, que vive do outro...
Eu escolho ser Mulher!

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