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terça-feira, 4 de setembro de 2012

As novas relações...

Acabei de ler um texto maravilhoso no blog da 'Melhor Amiga da Barbie'...
Basicamente, o texto fala de relacionamentos ou melhor, de novos padrões de relacionamentos. Confesso que esse é um assunto recorrente nas nossas conversas de gaja...o que é que cada uma espera de um relacionamento, como é que os homens de hoje actuam perante os compromissos ou, os medos, duvidas, jogos de palavras, toca e foge, gato e rato que são as relações de hoje (ou pseudo relações!)
A 'Melhor Amiga da Barbie' fala de um novo tipo de relações: as relações não sociais! Definição deste tipo de relação: duas pessoas que estão juntas, têm uma relação no dia a dia, vivem bons momentos mas, para o exterior, para o resto do 'mundo', a relação não existe! Não porque seja proibida ou mal vista socialmente mas por opção dos intervenientes...
 Muito haveria para dizer sobre este tipo de relações...muitas poderiam ser as explicações para este fenómeno que, é a mais pura das verdades, começa a ser recorrente. Mas, para mim, a verdade é só uma: medo!
As pessoas hoje, têm medo de se envolver, medo de sentir, medo de seguir o padrão tradicional, de serem conotadas como românticas, de assumirem que são seres humanos e que se apaixonam, que a paixão os faz fazer loucuras, os faz agir como tontos...homens e mulheres trazem consigo o pesado fardo do passado, de relações falhadas, de amores não correspondidos...
É muito mais fácil errarmos a dois do que, assumir perante todos (família, amigos, sociedade), que a nossa relação falhou! E até para nós próprios é muito mais fácil dizermos: ele/a, não era assim tão importante para mim, não passava de um amigo/a colorido/a...nunca foi nada sério!
São esses medos, esses disfarces que se arranjam para o Amor, que fazem com que as relações não sobrevivam...não se assumem sentimentos, não se assumem riscos, não se fala a palavra proibida...não se é Feliz!
 Essa é uma das razões para que hoje se case menos, se tenha filhos cada vez mais tarde, não se vivam relações sólidas...o medo!
Passamos demasiado tempo a contrariar a natureza humana: ninguém nasceu para estar sozinho!Todos buscamos o mesmo:alguém que nos abrace todos os dias ao acordar, alguém que nos diga que tudo vai correr bem, alguém que nos sussurre ao ouvido 'Amo-te', alguém que nos acompanhe até ao nosso último suspiro...E, se essa pessoa não nos aparece á primeira, há que continuar a tentar encontrá-la, há que errar, há que cair, há que levantar a cabeça, há que não desistir!
O que é que nos falta então? Porque é que somos, cada vez mais, adeptos das relações não sociais? Porque é que temos tanta dificuldade em 'precisar' do outro?
Falta-nos, pura e simplesmente, voltar a não ter medo do mais puro sentimento que o ser humano pode ter: o Amor!
Se é fácil? Não! Mas feliz é aquele que tenta ou aquele que desiste?

3 comentários:

  1. Linda, concordo contigo a 100%. Acho que os relacionamentos hoje em dia sao mais complicados, ou as pessoas é que os complicam:-)!
    O medo é uma perda de tempo....
    Bji
    Teresa santos

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  2. A grande mudança prende-se com a emancipação das mulheres. Hoje, a imagem de uma mulher presa numa caixa com janelas e portas (às vezes com varandas, também), com o avental envolto na cintura é...uma memória distante.

    As mulheres querem o mesmo que os homens sempre tiveram. Querem valorizar-se pessoalmente, querem ver o Mundo, querem ter as suas aventuras. Isso complica, de facto, mas é o preço da justiça entre géneros. E não me parece nada mal, reconheço.

    O amor não dura para sempre ou talvez a paixão não dure para sempre. Este é, talvez, o melhor raciocínio lógico que permite justificar que as relações tenham duração limitada, por vontade das partes.

    É, muito provavelmente, descabido analisar coisas tão pouco racionais à luz da razão. Pelo menos, para mim é. E nisto se vive um dilema insanável, entre o que se sente e o que é o correcto ou o melhor para cada um de nós.

    De qualquer forma, "enquanto não aparece a pessoa certa, devemos tentar encontrá-la, pela vida fora" é um registo que negligencia o facto de não nos estarmos a comportar como se fôssemos a pessoa certa.

    O amor é um tabuleiro disputado por 2 pessoas, com diferenças pelo meio, com afinidades, com pequenos jogos de imposição de vontades.

    É um jogo de equilíbrios e lá volto eu ao paradoxo de achar que, neste jogo, é o corpo que põe e dispõe, mais do que a mente, para achar que há razão no meio de um fogo intenso que queima, mas de que se gosta.

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  3. P.S. - Noto uma ânsia descoberta no meio da incerteza. De quem já passou por isso, acredite que passa. Custa, mas passa. Um dia acordamos e descobrimos que já não nos sentimos fora de pé.

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