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sábado, 8 de setembro de 2012

Onde anda o respeito?

 
Se há coisa que me tira do sério, é a falta de respeito que as pessoas têm umas pelas outras, a falta de noção de que a liberdade de uns termina onde começa a dos outros!
Vou dar um exemplo...
Tenho um cão, como todos sabem. Um cão de médio porte, com a força de um cavalo, mas dócil como um cordeiro...mas não deixa de ser um cão! Logo, cada vez que tenho de levar o meu cão a passear, levo-o pela trela, mesmo que vá com ele para um descampado onde não está viv'alma. Quem vê o meu cão não sabe se ele é bonzinho, se é agressivo, se morde, se não morde...além disso, apesar de não fazer mal a ninguém, com a força que tem e a vontade de brincar pode, mesmo sem querer, magoar alguém. Eu tenho essas noção porque me considero uma pessoa responsável e com as mínimas noções de civismo. O mesmo já não posso dizer de grande parte dos meus vizinhos!
Como vivo numa zona de moradias, quase todos temos cão ou cães. No entanto, para a maior parte dos meus vizinhos, passear o seu cão ou cães com trela, não faz parte dos seus hábitos! Claro, é muito mais fácil chegar ao fim do dia, cansado do trabalho e, em vez de se pegar numa trela e ir passear um cão, abrir-lhe o portão e deixá-lo andar solto pela vizinhança.Mesmo que isso implique chatices para quem, como eu, leva o seu cão a passear como deve ser. O que é que acontece? Como todos sabem, os cães gostam de marcar território e , principalmente entre machos adultos, a coisa torna-se mais complicada. Assim que saio á rua com o meu cão e ele se cruza com os cães dos vizinhos (soltos), sai briga na certa: ladram uns para os outros, tentam correr uns atrás dos outros, tentam brigar...e eu, que passeio o meu cão de 33kg por uma trela, tenho de ser arrastada para essas brigas, tenho de me enervar, tenho de evitar que o meu cão se solte e morda nos cães dos meus vizinhos irresponsáveis e pouco cívicos. Quantas vezes, como ainda hoje, fico estatelada no meio do chão, porque o meu cão com a sua força me derruba na ânsia de correr atrás dos outros bichos! Fico fora de mim!
 E se eu fizesse como os meus 'iluminados' vizinhos? Soltava o meu cãozinho sozinho pelas ruas e, ele abocanhava o primeiro rafeiro que lhe ladrasse! Depois eu queria ver os donos...
 Será que é muito difícil as pessoas perceberem que há regras, mínimas, para viver em sociedade? Será que andamos todos tão cegos e virados para nós , que nos esquecemos que temos de respeitar os que nos rodeiam? Onde andam os valores das pessoas? Onde anda o respeito?

2 comentários:

  1. Pois tens toda a razão! Qual respeito, qual quê ... anda tudo parvo! Ninguém quer saber de nada, nem de ninguém. Eu tinha um vizinho que tinha cerca de 6/7 cães, o senhor ao fim do dia, não ia de modos. Abria o portão e soltava-os a todos!!! Estás a ver não é? Se passasse alguém, criança ou adulto ou mesmo um animal, era abalrroado e o senhor nem punha o nariz fora. Por causa desta real besta, um gato meu desapareceu do susto que apanhou por ter sido apanhado naquela correnteza, nunca mais o consegui loxalizar e nem sei como é que nunca se magoou alguém. Mas pronto, apesar de denúncias e o diabo a quatro, como ninguém queria fazer mal aos cães, mas à besta, nunca sofreu consequência alguma. Felzimente mudou-se.

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  2. Compreendo isso perfeitamente.

    Tenho um rafeiro com 40 kgs e sei o cuidado que tenho que ter, para evitar acidentes.

    Ainda há não muito tempo, tive o meu primeiro descuido. Portão aberto e o "artista" resolveu ir "conhecer o Mundo". Correu rua abaixo, em grande velocidade, obrigando um vizinho a recolher-se, tão depressa quanto pôde, para dentro do seu portão. Não que o cão o quisesse morder (o mais certo seria querer um abraço, no meio de imensas lambidelas), mas 40kgs em movimento assemelham-se a um comboio desgovernado.

    Abrir-lhe o portão, está fora de hipótese. Ir passear com ele, infelizmente, assemelha-se a uma aula de musculação forçada. Acabo por o passear menos vezes que o desejável, já que o tempo também não abunda.

    Mas sei o que é ter que dominar um latagão desses, na presença de outros cães. Não é agradável e, se os cães alheios têm dono, é de lamentar a falta de civismo das pessoas.

    Não pensam, sequer, na mera possibilidade de os bichos poderem ser atropelados, quanto mais nas situações de tensão que podem provocar.

    P.S. - Espero que a queda apenas tenha ferido o ego.

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