Escrevi o meu primeiro poema com 7/8 anos, na escola primária. Era sobre o Porto...eram quadras simples, mas não demasiado simples para uma criança daquela idade. A professora ficou orgulhosa do que eu fora capaz de fazer com as palavras, assim como os meus pais. Desde esse dia, a poesia foi para mim uma forma de desabafo que me acompanhou nos amores, nos desamores, nas alegrias, nas tristezas...passava sentimentos para estrofes, para quadras, para canções...
Com o passar dos anos nunca mais escrevi poemas.Foram-se os amores, os desamores, as alegrias, as tristezas? Não...foram-se apenas as palavras.
Um dos pemas mais bonitos que escrevi há mais de 15 anos, chama-se Eu e descreve a pessoa que era naquela altura. Hoje ao lê-lo, revejo-me em algumas estrofes mas aquela já não sou, totalmente, eu.
Hoje apenas sei o que fui, estou a redescobrir o que sou e, apenas tenho a certeza do que quero ser!
Hoje, porque é dia mundial da poesia, brindo-vos com um poema sobre quem fui...mas não sobre quem sou!
Fui,
a mão que estava lá,
Fui
o colo para chorar,
Fui,
alguém que se esqueceu
de ter tempo para se amar.
Fui,
a luz que não brilhava,
Fui,
a lâmpada fundida
enclausurada no medo
num qualquer 'bunker' da vida.
Renasci do mesmo medo,
da clausura em que me pus,
hoje sou lâmpada acesa,
reencontrei-me na luz!
Muito bonito!
ResponderEliminarBjs
Lindo amiga!! devias recomeçar a escrever... sempre tiveste tanto jeito!! Beijinhos
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